Notícia
José Tolentino Mendonça: "Vivemos com os olhos colados nos sapatos"
José Tolentino Mendonça é padre e poeta. O seu livro mais recente, "A Mística do Instante", é um ensaio que nos recentra em verbos primordiais, como escutar. Que nos coloca perguntas fundantes, como: "Existir, a que será que se destina?" Se fosse preciso erguer uma bandeira, a de um manifesto político, poderia ser: "A vida não pode ser só isto". Se fosse uma bandeira poética, o manifesto seria o mesmo. O espantoso em Tolentino: a sua capacidade de ligar mundos distantes, aparentemente impossíveis de serem ligados. De captar os caminhos internos do mundo e da palavra. A entrevista foi na Universidade Católica, onde é vice-reitor. Citou Guimarães Rosa para dizer que "viver é perigoso". Eu trago a Gal e o Caetano para completar: "Atenção, tudo é perigoso, tudo é divino maravilhoso".
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Usa muito no livro "A Mística do Instante" o verbo escutar. É diferente de ouvir. Escutar supõe uma atenção mais funda. Ouvir tem uma conotação mais apressada. Concorda com isto?
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