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Fredy Massad: Passámos da arquitectura-espectáculo para a espectacularização da miséria

Critica aquilo que designa como o mundo dos arquitectos-estrela, apaparicados por autarcas que querem cunhar a sua eternidade em edifícios icónicos. Fala dos oligarcas da arquitectura. Os mesmos que hoje, dinheiro escasso em mãos, louvam a arquitectura social usando fórmulas antigas. Da arquitectura-espectáculo passam à espectacularização da miséria, diz. "Arquitecto de formação e crítico por deformação - ou, quem sabe, ao contrário". É assim que Freddy Massad se apresenta no diário espanhol ABC, onde colabora no suplemento cultural. Descendente de imigrantes sírios que partiram para a Argentina no século XIX, este pensador da arquitectura contemporânea nasceu há 48 anos em Buenos Aires. Andava na escola primária quando morreu Juan Perón, viveu a ditadura, assistiu à primavera democrática. Diz que, na América Latina, as crises chegam depressa, mas partem depressa. Na Europa, chegam devagar, mas partem devagar. Vive na Catalunha e esteve em Lisboa, no CCB, para o debate-lançamento da brochura "Arquitectura Social, Três Olhares Críticos", que animou a exposição "Tanto Mar Portugueses Fora de Portugal", cujos projectos estão agora detalhados em tantomar.pt.

01 de Agosto de 2014 às 12:02
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A bonança de outrora provocou desastres na arquitectura. Em Espanha, e não só, assistimos ao mundo dos arquitectos-estrela. Um mundo que usou o efeito Guggenheim como receita para todos os lugares, e isso não resultou. Toda a gente quer ter um Guggenheim, um edifício arquitectónico representativo. A Cidade da Cultura, em Santiago de Compostela, surge de um capricho de Manuel Fraga, (ex-presidente da Galiza, falecido em 2012), que quis fazer o seu pró

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