Notícia
Edgar Massul: Nós, os artistas, trazemos conhecimento
Às vezes é preciso tirar as coisas do lugar para que sejam observadas no seu mais preciso significado. Isso é o que Edgar Massul faz, transportando para a galeria vestígios e percursos das suas deambulações na paisagem. Em "#other free works", exposição em Faro, na Galeria Trem e no Museu Municipal, até 27 de Setembro, reencena a ria Formosa, as árvores perdidas nos incêndios das serras, o amor que nos liga a tudo e nos faz continuar a caminhar. É um trabalho de tempo e cuidado, um trabalho novo para o gesto mais antigo de nos relacionarmos com o que nos rodeia. Edgar Massul, ele próprio, saiu do seu lugar para ver melhor onde pertence. Vive no Algarve, quer poder ser artista fora do centro. E é um artista em regresso. Continua um trabalho começado há 30 anos e depois de muitos anos de ausência das exposições e do nosso esquecimento.
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1. Quando somos crianças trazemos coisas da praia - conchas, algas, areia - e como artista continuo a fazer isso. Fiz recentemente uma exposição com troncos que tinham invadido uma praia e que provavelmente tinham sido derramados por um barco que transportava madeiras. Nesta exposição, levo um pedaço da ria [Formosa] para dentro de casa - ou para dentro da galeria. Essa peça chama-se "Teu Espelho". O que seria Faro sem aquele espelho?
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