Notícia
Cozinha italiana: Sabores e aromas tentadores
A primeira Semana da Gastronomia Italiana no Mundo decorrerá entre 21 e 27 de Novembro, em Lisboa e Coimbra. Será uma oportunidade para os portugueses descobrirem um outro mundo de mistérios e maravilhas gastronómicas.
A gastronomia italiana não se reduz ao "spaghetti" e à pizza. Ou seja, àquilo que a massificou. Há, na diversidade geográfica de Itália, um mundo muito vasto de ingredientes e sabores para descobrir. É esse desconhecimento que torna ainda mais apetecível a primeira Semana da Gastronomia Italiana no Mundo, que decorrerá entre os dias 21 e 27 de Novembro em Lisboa e Coimbra. Será uma oportunidade para os portugueses descobrirem um outro mundo de mistérios e maravilhas gastronómicas que, muitas vezes, não se vislumbram nos tradicionais restaurantes que existem em Portugal.
A comida italiana não é pesada. E é diversificada na utilização de produtos. Acaba por ser uma experiência de emoções. Muito do que hoje conhecemos, devido à forte influência americana, onde a cozinha italiana se solidificou, tem que ver com as alterações que os emigrantes italianos ali tiveram de fazer devido à falta de ingredientes históricos como o azeite ou o vinagre balsâmico. Daí passou a existir mais carne, por exemplo, nos pratos. A cozinha italiana, na sua diversidade, é muito mais do que isso. Até porque assenta na celebração dos produtos, dos sabores e dos aromas, em vez de se focar nas proteínas. Não admira por isso que se comece sempre por um prato de "antipasti", onde os vegetais são predominantes, a que se segue um prato pequeno de "pasta" e de um outro de baixo valor proteico. À medida que a refeição avança, vai-se tornando mais simples.
É aqui que joga o peso dos produtos tradicionais que, como é óbvio, num país longínquo, acaba por originar uma gastronomia muito variada. Utilizam-se também produtos que têm que ver com as estações do ano. No centro está, quase sempre, o azeite como linha condutora. Na zona sul de Itália, com vista para o Mediterrâneo, o clima é aliado das oliveiras. E daí a sua importância. Tal como os vegetais, onde a presença do tomate, do alho, das courgettes, beringelas ou dos cogumelos, é constante. E, claro, os cereais, que ao longo dos séculos tornaram-se parte integrante do que os italianos comem. Do trigo nasceu a "pasta", que surge em dezenas de formas diferentes. O arroz também é determinante. A carne é menos presente na zona sul, onde era uma raridade na "cucina povera", ou dos pobres. E há que não esquecer o queijo, presença também comum na gastronomia italiana.
É um pouco de tudo isto que vamos poder encontrar em Lisboa e em Coimbra, durante uma semana, entre 21 e 27 de Novembro. O programa prevê encontros com cozinheiros de renome (Michele Bono, Augusto Gemelli e Luciano Zazzeri, entre outros) e conferências pelo Professor Massimo Montanari, docente de História da Alimentação na Faculdade de Letras da Universidade de Bolonha e na Universidade de Ciências Gastronómicas de Pollenzo, instituída em 2004 pela Associação Internacional Slow Food. A conferência "A identidade italiana na cozinha" por Massimo Montanari assinala a abertura da Semana no Instituto Italiano de Cultura. Também será apresentado o livro "Mangiare alla giudia. L' cucina ebraica in Italia dal Rinascimento all era moderna", pelo Professor Ariel Toaff da Universidade Bar-Ilan de Ramat Gan (Telavive). No Instituto Italiano de Cultura e na Escola Hoteleira de Lisboa, estarão patentes exposições das revistas da Academia Italiana da Cozinha e painéis dedicados a Pellegrino Artusi, autor do livro "A Ciência na Cozinha e a Arte de Comer Bem", publicado pela primeira vez em 1891. O Centro de Cultura Gastronómica "Casa Artusi" de Forlimpopoli ministrará um seminário sobre a preparação da massa artesanal.
De 18 a 20 de Novembro, na Praça da Figueira, terá lugar a feira "Mercato Italia", que conta com a participação de restaurantes, produtores e fornecedores de produtos italianos. O evento, com entrada livre, é organizado pela Câmara de Comércio Italiana em Portugal (CCIP). Quem visitar o espaço poderá degustar especialidades da gastronomia italiana, adquirir produtos italianos ou desfrutar das iniciativas que serão realizadas no interior da estrutura. Durante toda a semana, os restaurantes associados ao projecto "Ospitalità italiana", realizado pela CCIP, apresentarão um menu especial dedicado ao evento. O convidado especial da semana será Luciano Zazzeri, o "chef pescador" de renome internacional, que vem excepcionalmente do seu restaurante-cabana na Toscânia para partilhar a sua arte numa "masterclass" na Escola Hoteleira de Lisboa e num jantar especial a decorrer no Círculo Eça de Queirós. Ou seja, uma semana inteira para descobrir a gastronomia italiana.
A comida italiana não é pesada. E é diversificada na utilização de produtos. Acaba por ser uma experiência de emoções. Muito do que hoje conhecemos, devido à forte influência americana, onde a cozinha italiana se solidificou, tem que ver com as alterações que os emigrantes italianos ali tiveram de fazer devido à falta de ingredientes históricos como o azeite ou o vinagre balsâmico. Daí passou a existir mais carne, por exemplo, nos pratos. A cozinha italiana, na sua diversidade, é muito mais do que isso. Até porque assenta na celebração dos produtos, dos sabores e dos aromas, em vez de se focar nas proteínas. Não admira por isso que se comece sempre por um prato de "antipasti", onde os vegetais são predominantes, a que se segue um prato pequeno de "pasta" e de um outro de baixo valor proteico. À medida que a refeição avança, vai-se tornando mais simples.
É aqui que joga o peso dos produtos tradicionais que, como é óbvio, num país longínquo, acaba por originar uma gastronomia muito variada. Utilizam-se também produtos que têm que ver com as estações do ano. No centro está, quase sempre, o azeite como linha condutora. Na zona sul de Itália, com vista para o Mediterrâneo, o clima é aliado das oliveiras. E daí a sua importância. Tal como os vegetais, onde a presença do tomate, do alho, das courgettes, beringelas ou dos cogumelos, é constante. E, claro, os cereais, que ao longo dos séculos tornaram-se parte integrante do que os italianos comem. Do trigo nasceu a "pasta", que surge em dezenas de formas diferentes. O arroz também é determinante. A carne é menos presente na zona sul, onde era uma raridade na "cucina povera", ou dos pobres. E há que não esquecer o queijo, presença também comum na gastronomia italiana.
É um pouco de tudo isto que vamos poder encontrar em Lisboa e em Coimbra, durante uma semana, entre 21 e 27 de Novembro. O programa prevê encontros com cozinheiros de renome (Michele Bono, Augusto Gemelli e Luciano Zazzeri, entre outros) e conferências pelo Professor Massimo Montanari, docente de História da Alimentação na Faculdade de Letras da Universidade de Bolonha e na Universidade de Ciências Gastronómicas de Pollenzo, instituída em 2004 pela Associação Internacional Slow Food. A conferência "A identidade italiana na cozinha" por Massimo Montanari assinala a abertura da Semana no Instituto Italiano de Cultura. Também será apresentado o livro "Mangiare alla giudia. L' cucina ebraica in Italia dal Rinascimento all era moderna", pelo Professor Ariel Toaff da Universidade Bar-Ilan de Ramat Gan (Telavive). No Instituto Italiano de Cultura e na Escola Hoteleira de Lisboa, estarão patentes exposições das revistas da Academia Italiana da Cozinha e painéis dedicados a Pellegrino Artusi, autor do livro "A Ciência na Cozinha e a Arte de Comer Bem", publicado pela primeira vez em 1891. O Centro de Cultura Gastronómica "Casa Artusi" de Forlimpopoli ministrará um seminário sobre a preparação da massa artesanal.
De 18 a 20 de Novembro, na Praça da Figueira, terá lugar a feira "Mercato Italia", que conta com a participação de restaurantes, produtores e fornecedores de produtos italianos. O evento, com entrada livre, é organizado pela Câmara de Comércio Italiana em Portugal (CCIP). Quem visitar o espaço poderá degustar especialidades da gastronomia italiana, adquirir produtos italianos ou desfrutar das iniciativas que serão realizadas no interior da estrutura. Durante toda a semana, os restaurantes associados ao projecto "Ospitalità italiana", realizado pela CCIP, apresentarão um menu especial dedicado ao evento. O convidado especial da semana será Luciano Zazzeri, o "chef pescador" de renome internacional, que vem excepcionalmente do seu restaurante-cabana na Toscânia para partilhar a sua arte numa "masterclass" na Escola Hoteleira de Lisboa e num jantar especial a decorrer no Círculo Eça de Queirós. Ou seja, uma semana inteira para descobrir a gastronomia italiana.