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Chefs põem 2021 em lume brando

Janeiro e fevereiro prometiam solidez e crescimento nos negócios da restauração. Mas o resto do ano atirou cozinheiros e empresários do setor para um 2020 muito duro e a maioria não olha para 2021 com a garantia da retoma
Augusto Freitas de Sousa 01 de Janeiro de 2021 às 14:00

O "restaurateur" André Magalhães atribui a 2020 o título de "annus horribilis". Joaquim Morais lamenta o ano que prometeu o céu e deu o inferno. Henrique Sá Pessoa espera que a nova vacina traga alguma normalidade. Para Nuno Mendes, o mundo não vai voltar ao velho normal. Janeiro e fevereiro prometiam solidez e crescimento nos negócios da restauração. Mas o resto do ano atirou cozinheiros e empresários do setor para um 2020 muito duro e a maioria não olha para 2021 com a garantia da retoma. A esperança ainda se serve fria. 


Joaquim Morais lamenta o "ano que prometeu o céu e deu o inferno". O dono da Taberna do Carró, em Torre de Moncorvo, é um dos muitos proprietários e cozinheiros que olham para 2021 com receio e incerteza. A restauração foi um dos setores mais afetados pela pandemia e, mesmo com a vacinação em marcha, os responsáveis preveem um caminho sinuoso. Grande parte dos restaurantes fez das tripas coração para manter as suas equipas e não fechar as portas de vez.

O "restaurateur" André Magalhães, da Taberna da Rua das Flores, em Lisboa, atribui a 2020 o título de "annus horribilis". O chef e empresário lamenta as "perdas irreparáveis relativamente aos recursos próprios e um altíssimo desgaste no que toca ao capital humano". Porém, acrescenta uma "experiência enriquecedora no modo de sobrevivência" quando reestruturaram a operação. Um exercício de "navegação à vista, extenuante, que ainda requer grande tenacidade por parte de todos". Para o ano, André não tem dúvidas de que mesmo que "depois da tempestade venha a bonança", o primeiro trimestre "será ainda mais difícil, a menos que as ajudas do Estado surjam muito rapidamente". Quanto à oferta, André Magalhães acredita que se vai manter nos moldes anteriores, mas crê "que haverá uma redefinição dos modelos de negócio e das respetivas escalas, por exemplo, "uma maior aproximação entre os produtores e as cozinhas dos restaurantes e em muitos casos o encurtamento das cadeias de valor com o desaparecimento de muitos dos intermediários que as vinham vampirizando cada vez mais".

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