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Carlos Mendes: Sinto-me num mundo um bocadinho estranho. Sinto-me desadaptado.

À meia-noite, ele tinha que estar em casa. Uma rapariga gritava-lhe: ó Carlinhos, vai-te embora senão o teu pai dá-te uma carga de porrada. O pai nunca lhe bateu. Mas ele, o menino, saía do palco a correr, pela Almirante Reis acima, até chegar à Alameda. Carlos Mendes tinha 16, 17 anos e tocava e cantava nos Sheiks, o grupo dos miúdos com rótulo de Beatles portugueses. O pai, Abílio Mendes, médico pediatra, queria um curso para o filho, e ele, o filho, fez-lhe a vontade. Estudou arquitectura, exerceu, mas, pelo meio dos estudos, foi duas vezes ao festival da canção, conheceu o José Niza, o Adriano Correia de Oliveira, o Zeca Afonso. Militante no Partido Comunista até 1984, lançou o álbum "Amor Combate" com Joaquim Pessoa. Hoje, o cantor da "Amélia dos Olhos Doces" faz parte do "Manifesto para uma esquerda que responda por Portugal" - é um debate muito urgente, diz.

10 de Abril de 2015 às 12:01
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Sou o mais novo de três irmãos, vivi sempre num ambiente cultural muito forte, a minha mãe era pianista, lia-me muita coisa, desde "O Feiticeiro de Oz" aos livros do Peter Pan. Comecei a ir à ópera muito cedo… Estamos a falar de uma burguesia média alta, que tinha essas capacidades. O meu pai era médico pediatra, trabalhava de sol a sol. Tinha uma vertente humanista muito grande. Foi

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