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Apurar o movimento, apurar a descoberta, apurar o futuro

Formação e troca de experiências. Nestes estúdios em Lisboa, a dança e a música encontram tempo para se desenvolver. Nos corpos dos criadores, não importa a idade. Só a descoberta do futuro.

Estúdios Victor Córdon - O laboratório criativo da Companhia Nacional de Bailado e do Teatro Nacional de São Carlos iniciou a sua segunda temporada.
14 de Outubro de 2018 às 14:00
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Tal como uma coreografia. Assim como é necessário tempo para apurar os movimentos, também este laboratório de criação segue a mesma lógica. Para perceber a origem dos Estúdios Victor Córdon, recuemos brevemente a Março do ano passado.

"O que propus à direcção artística da Companhia Nacional de Bailado e do Teatro Nacional de São Carlos foi desenvolver um projecto que fosse uma plataforma criativa, um espaço de apoio a novos criadores nas áreas da dança e da música contemporânea", explica o coordenador Rui Lopes Graça.

Neste espaço, não há propriamente espectáculos abertos ao público. É uma fase anterior, a da preparação, da descoberta, que aqui se privilegia. Por vezes, até se permite ao público (por convite) que venha espreitar aquilo que está a ser criado. Depois de um primeiro ano, está já em marcha a segunda temporada, que se espera ainda mais sólida.

"Está a ser muito fascinante. À medida que se avança, estou a despertar e a gostar mais. É um trabalho que se descobre à medida que se vai avançando", reforça Rui Lopes Graça. Sobretudo, pela confirmação de se estar a ocupar um espaço de criação que ainda não existia.


Um dos programas que se renova é o Territórios, que reúne em Lisboa jovens bailarinos de todo o país, entre os 14 e os 18 anos, na sua primeira experiência profissional. "É um potenciador de escolhas, de potencialidades", lembra Rui Lopes Graça. E uma oportunidade para encontrar, por vezes, os futuros bailarinos da Companhia Nacional de Bailado.

Nesta temporada, os Estúdios Victor Córdon transformam-se ainda na casa de Miguel Moreira, da companhia Útero, que aqui desenvolverá os seus projectos ao longo de um ano. Outro dos destaques vai para o programa Por, em que Catarina Carvalho vai explorar e transmitir o repertório do coreógrafo britânico Wayne McGregor, em "workshops" que criam pontes entre a comunidade nacional de dança e aquilo que se trabalha fora de fronteiras.

O laboratório criativo da Companhia Nacional de Bailado e do Teatro Nacional de São Carlos quer ser uma casa aberta também a outras iniciativas no campo da dança, através do programa Em Trânsito. Assim, serão acolhidos nestes estúdios alguns dos artistas ligados aos festivais Temps d'Images, BOCA, Alkantara, Cumplicidades, Materiais Diversos e GUIdance. Os resultados das residências dão-se depois a ver ao longo do ano nas respectivas programações.

Além da formação, a troca de experiências afirma-se como um dos pilares do projecto. Por isso, quer-se Bar Aberto, num ciclo de conversas que vai juntar alguns dos nomes mais conhecidos da dança portuguesa, como Romeu Runa, Filipa Castro, Carlos Pinillos ou Leonor Keil. Na expectativa de que mesmo os "pés de chumbo" se possam tornar mais leves através das palavras. 


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