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MX-5, há um quarto de século a escorregar pelo asfalto

É o "roadster" mais vendido de todos os tempos. Já nasceu há um quarto de século, mas continua a ser um jovem espevitado. Sempre pronto para a diversão, o novo MX-5 mantém-se fiel à sua génese com uma roupagem irreverente.

19 de Dezembro de 2015 às 19:00
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Pé na embraiagem, outro no travão. Start! Vruuummmm... O ronco seco que sai pelo escape ao "rodar da chave" é suficiente para arrepiar os pêlos do antebraço. Dá-nos vontade de massajar o volante de pele. Deixar-nos envolver nas "backets" para, de seguida, levantarmos os olhos para a estrada. As enormes bossas que ladeiam o longo capot põem-nos a fazer mira ao asfalto que o novo "roadster" da Mazda anseia por devorar, mas também no qual quer escorregar. O MX-5 está de volta!

 

Pode não ser muito potente, mas compensa com o peso, o baixo peso. Tem sido sempre assim ao logo do quarto de século de existência. Há o 2.0 de 160cv, mas o 1.5 de 130cv é, para muitos "pilotos" do dia-a-dia, mais que suficiente para acelerar os batimentos. Após o ronco seco quando se liga, segue-se outro, mais outro e mais outro ainda. É deliciosa a sinfonia que sai da traseira. Mão na caixa de seis velocidades, pé na embraiagem e entra a primeira. Abrem as "goelas" do motor. E o ponteiro das rotações começa a subir.

 

1.000, 2.000... mas é acima das 3.000 rotações que a diversão começa. E dura, dura e dura. Às 7.000, com o ronco cada vez mais afinado, é hora de passar à segunda. É só um pequeno toque na maneta. E a história repete-se uma e outra vez, até... Bem, legalmente, em auto-estrada, à terceira já a brincadeira devia ter acabado, mas... Em cidade, a festa é mais curta. Tipo lusco-fusco. O sinal fica verde, acelera-se. As rodas traseiras empurram o brinquedo até ao próximo semáforo que, por azar, ficou vermelho. Sorte para os restantes condutores que ficam a admirar a roupagem irreverente deste novo MX-5. Traços fortes, vincados.

 

Ninguém lhe fica indiferente. Parece um pequeno Ferrari. Especialmente quando após alguns segundos de espera, o sinal muda de cor. Depois, é pé a fundo, novamente. Quem estava no sinal, ainda lá está. A maioria... é que há, por vezes, quem se entusiasme na perseguição ao pequeno "roadster". Não é o "rei do asfalto", mas é rápido a subir a rotação. E ela está ali em grande destaque no quadrante, como nos Porsche. O ponteiro da velocidade não lhe fica atrás. Quando está ao alto já passou há muito o limite do código da estrada. O velocímetro, a zero, aponta para sul.

 

Ir a 100 km/h, 120 km/h, não é nada de excepcional em qualquer automóvel. No MX-5, não é bem assim: já andou de kart? São rápidos, não são? Nem por isso. Mas estão colados ao chão. Aqui acontece o mesmo. Sempre aconteceu, graças a Masashi Nakayama. Há apenas alguns centímetros a separar o chassis do asfalto. E o condutor. É uma posição de condução que requer habituação, mas depois torna-se viciante. Juntamente com a direcção suave a baixas velocidades e rija em regimes mais elevados, mas sempre precisa, é pura diversão.

 

Melhor só quando da loucura pelas rectas, se começa a dominar a arte que distingue os MX-5: as curvas, com uns "pozinhos"... Desligam-se os alertas de mudança de faixa involuntária, mas principalmente o controlo de tracção (que mesmo ligado permite algumas atravessadelas...). Depois, é "kit" de "unhas" a funcionar. Escorrega um bocadinho, depois mais um pouco, corrige-se. Tiradas as medidas, dá-se-lhe mais algum "gás" para ver a traseira um pouco mais de perto. Carro para esquerda, volante para direita, pé no acelerador. De volta à recta. É sorriso rasgado garantido. Ufa, ninguém (nenhum agente da autoridade) viu. Devia ter filmado. Não deu. Estava a chover... Uma pena: de cabelos ao vento, estas aventuras ganham toda uma outra dimensão.

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