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Ted Baker afunda 35% após demissão do presidente e do CEO e suspensão dos dividendos

A empresa antecipa que os lucros antes de impostos poderão descer até 90% este ano e, por isso, decidiu suspender o pagamento de dividendos.

Reuters
10 de Dezembro de 2019 às 10:27
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As ações da Ted Baker estão a registar fortes perdas na bolsa de Londres esta terça-feira, 10 de dezembro, depois de a empresa ter suspendido o pagamento de dividendos e de o CEO e o chairman da empresa terem apresentado a sua demissão dos respetivos cargos.

Os títulos afundaram um máximo de 35,54% para 257,60 pences – o valor mais baixo desde meados de 2003 – seguindo agora a perder 15,92% para 336,00 pences.

Esta terça-feira, a marca de vestuário de luxo suspendeu o pagamento de dividendos aos acionistas devido às novas estimativas de resultados, que apontam para uma quebra dos lucros antes de impostos de até 90%.

Além disso, tanto o chairman David Bernstein como o CEO Lindsay Page demitiram-se dos cargos, numa altura em que a empresa ainda tenta conter os efeitos das alegações contra o seu fundador Ray Kelvin, que deixou a presidência executiva da empresa em março, depois de ter sido acusado de ter tido contactos físicos indesejados com algumas funcionárias.

A CFO Rachel Osborne vai agora ocupar o cargo de CEO interina e Sharon Baylay ocupará a posição de chairman.

De acordo com a Bloomberg, as vendas da empresa nas 17 semanas até 7 de dezembro caíram 3,9% numa base ajustada, enquanto as margens brutas estão abaixo das expectativas com o aumento dos descontos.

"Os últimos 12 meses foram, sem dúvida, os mais desafiadores da nossa história", afirmou a empresa.

Com a descida registada em bolsa esta terça-feira, a Ted Baker eleva para quase 80% a desvalorização acumulada desde o início do ano.

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