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Negócios do petróleo e gás crescem pela primeira vez desde 2014

Preço do petróleo bateu máximos de mais de dois anos. Uma das maiores corretoras de commodities do mundo avisa que a época do preço do brent "baixo por muito tempo" acabou.

Reuters
27 de Setembro de 2017 às 13:17
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O mercado está a inverter a tendência de queda, suportado pela procura do petróleo que está a aumentar nas economias emergentes, lideradas pela China e a Índia, mas também Europa. As reservas de petróleo estão assim a escoar mais rapidamente do que o previsto e o mercado está a voltar a equilibra-se depois de três anos de crise, asseguram vários especialistas.


O preço de referência do barril de Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está em torno dos 60 dólares, máximos de mais de dois anos. A contribuir para a subida acentuada dos últimos dias esteve a ameaça da Turquia em bloquear um oleoduto que transporta petróleo da região do Curdistão para um porto turco, numa forma de colocar pressão sobre os curdos iraquianos que avançaram para um referendo sobre a independência e ainda as consequências do furacão Harvey, mas este movimento não deverá ser circunstancial. Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) mostram-se confiantes que o mercado está a ficar reequilibrado e o sector está a mostrar sinais de dinamismo.


O Financial Times revela que o sector de petróleo e gás está a caminho de registar o seu primeiro crescimento anual desde que os preços do petróleo caíram em 2014. As fusões e aquisições aumentaram 40% para 270 mil milhões este ano, em comparação com 192 mil milhões nos primeiros nove meses de 2016, de acordo com a Mergermarket, citado pelo jornal britânico.

Dados que marcam uma mudança de ciclo e que sugerem condições "maduras para mais negócios", defende Graham Watson, da Freshfields Bruckhaus Deringer, acrescentado que a confiança no sector foi restaurada com a recuperação parcial dos preços do petróleo e ao mesmo tempo os custos bastante mais baixos.


O FT refere que os pesos pesados da indústria estão assim a reorientar a sua estratégia para a expansão, até porque nos últimos anos houve uma escassez de novos investimentos.


Ben Luckock da Trafigura, uma das maiores corretoras de commodities do mundo, anunciou esta terça-feira, 26 de Setembro - numa apresentação na conferência anual de petróleo da Ásia-Pacífico  - que a empresa espera que a procura global supere a produção entre 2 a 4 milhões de barris por dia até o fim de 2019. "Estamos a chegar ao fim da era de preços muito baixos por muito tempo", acrescentou.


No mesmo evento Adi Imsirovic, chefe de trading de petróleo da Gazprom, afirmou: "Vemos o mercado nos próximos seis meses muito bem, além dos 60 dólares, por uma razão simples... a procura é surpreendentemente boa".


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