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Metade das ofertas iniciais de moedas virtuais morre quatro meses depois da venda de tokens

Cerca de 56% das start-ups de criptografia que arrecadam dinheiro através de vendas de tokens morrem nos quatro meses após as suas ofertas iniciais da moeda.

Bloomberg
11 de Julho de 2018 às 16:03
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Esta foi a conclusão de um estudo do Boston College que analisou a intensidade das publicações no Twitter das contas das start-ups para inferir sinais de vida. Os analistas determinaram que apenas 44,2% das start-ups sobrevivem 120 dias após o fim das suas oferta iniciais de moedas (ICO, na sigla em inglês).

 

Os analistas, Hugo Benedetti e Leonard Kostovetsky, examinaram 2.390 ICO que foram concluídos antes de Maio.

 

Adquirir moedas numa ICO e vendê-las no primeiro dia é a estratégia de investimento mais segura, disse Kostovetsky numa entrevista. Mas muitos investidores individuais não podem participar nas ICO, então essa opção não é viável para estes. Mesmo assim, a probabilidade é de que todos os investidores venderão as suas moedas nos primeiros seis meses, de acordo com o estudo.

 

"O que descobrimos é que, quando passam os três meses, até no máximo seis meses, elas não superam o desempenho de outras criptomoedas", afirmou Kostovetsky. "O retorno mais forte, na verdade, é no primeiro mês."

 

Os retornos têm diminuído com o tempo, à medida que as start-ups adquirem mais experiência sobre o preço das ofertas de moedas e que mais pessoas fazem investimentos em ICO. Os retornos das pessoas que venderam os tokens no dia em que passaram a cotar numa bolsa têm caído quatro pontos percentuais por mês, disse Kostovetsky.

 

"Eles estão muito mais baixos agora, por isso acho que não vão continuar a cair a este ritmo", afirmou.

 

Uma série de estudos recentes mostrou como é arriscado investir em ICO. Mais de 1.000 tokens já se transformaram em pó, segundo o site Coinopsy.

 

"As pessoas geralmente olham para os retornos e acham que este é um óptimo negócio, mas em finanças nós ensinamos que o retorno é uma compensação pelo risco", salientou Kostovetsky.

 

"Estas são apostas em plataformas que ainda não foram construídas, que ainda não têm participantes. Há muito risco. A maioria dos ICO fracassa", realça o mesmo responsável.

 

Kostovetsky é professor assistente na Carroll School of Management do Boston College e Benedetti está a fazer um PhD em finanças na faculdade.

(Texto original: Half of ICOs Die Within Four Months After Token Sales Finalized)

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