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Medo dos investidores em mínimos de 24 anos

O índice VIX bateu valores de 1993. Será a calma antes da tempestade?

José Manuel Ribeiro/Reuters
09 de Maio de 2017 às 12:15
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A vitória de Emmanuel Macron, ou melhor a derrota de Marine Le Pen, já era aguardada pelos mercados, mas o resultado eleitoral francês foi recebido com muito alívio pelos mercados e fez com que os índices de volatilidade tivessem voltado a bater mínimos. Na sessão de ontem o CBOE, ou VIX - conhecido com índice do medo já que mede as expectativas de curto prazo dos investidores em relação à turbulência do S&P 500 – bateu mínimos de 1993.

"A complacência voltou tão rapidamente que se começa a sentir o ambiente vivido em 2005-20006, quando nada parecia perturbar os maiores mercados mundiais", escreveu George Gonçalves, estrategista da Nomura, numa nota aos clientes, citada pela Bloomberg.

O ex-director da reserva Federal norte-americana e actualmente analista da Sohn Investment, Kevin Warsh, reagiu ontem, numa Conferência em Nova York, a estes dados e defendeu que estes mínimos do VIX não significam que os riscos desapareceram: "eu não estou confortável, fico, na verdade, com medo". Para Warsch, o patamar actual do 'índice do medo’ - bem abaixo da média histórica – revela que "os investidores estão complacentes demais". Até porque, refere o analista, os movimentos do VIX e do S&P 500 apontam uma grande discrepância: enquanto o VIX acumula uma queda de 25% só este ano de 2017, o principal índice de acções norte-americano tem valorização de 7%.
 

Gerald Lucas, da UBS Wealth Management, também não está optimista. "Pode ser a calma antes da tempestade". No entanto, o analista acredita que "a calma pode durar muito mais tempo".

Ao mesmo tempo, que o índice do medo nos Estados Unidos caiu 7,6% para 9,77, mínimos de 27 de Dezembro de 1993, o índice de volatilidade Euro Stoxx 50 caiu para mínimos de Março, apesar do avanço de duas semanas tanto do euro como das acções mundiais.

Esta acalmia nos mercados ocorre ao mesmo tempo que as acções globais já recuperaram 9% este ano, impulsionados por ganhos percentuais de dois dígitos nos mercados europeus, encabeçados pela França e pela Alemanha.

 
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