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Matérias-primas escapam ao crash nos mercados
Os ganhos dos metais preciosos e do gás natural compensaram a queda do petróleo e de outros metais industriais.
Tal como os mercados accionistas, as commoditieis arrancaram o ano com o pé direito, e subiram em Janeiro para o nível mais alto desde 2015, perante as perspectivas de um forte crescimento global, que levam a uma maior procura de matérias-primas.
Nos últimos dias assistiu-se a um "crash" nos mercados, que já fez com que Wall Street tenha perdido o equivalente a 7% do PIB dos Estados Unidos. Mas as commodities estão a escapar a este sentimento.
De salientar, que os analistas dizem que a queda das acções é uma correcção após os máximos recentes e não encontram razões para acreditar que se trate de um movimento profundo.
"Não há nenhuma razão fundamental para que este selloff altere a nossa visão dos mercados de commodities", defendeu em declaração à Bloomberg Daniel Hynes, da ANZ Banking Group". Ainda na semana passada o Goldman Sachs Group Inc., escreveu num relatório que o optimismo em relação às matérias-primas está aos níveis do final de 2008.
Para o Citigroup Inc., o colapso nos mercados de acções representa uma oportunidade de compra. "Recomendamos o aumento da exposição aos metais industriais no próximo mês", defendeu o banco num relatório divulgado ontem, segunda-feira dia 5 de Fevereiro. O Citi acredita que o crescimento económico e a recuperação da inflação vão impulsionar os ganhos dos metais.
Jeffrey Gundlach, investidor multimilionário defendeu recentemente que as matérias-primas podem ser um dos melhores investimentos deste ano, até porque tradicionalmente estes aumentam durante uma fase mais tardia de recuperação do ciclo económico.