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Maior fundo de pensões do mundo sofre perdas recorde de 118 mil milhões
As ações japonesas foram a pior classe de ativos do fundo (-17,6%), seguindo-se as ações estrangeiras (-15,7%), refletindo o trimestre turbulento vivido nas bolsas mundiais.
O último trimestre de 2018 foi negro para os mercados financeiros, o que teve um forte impacto no desempenho daquele que é o maior fundo de pensões do mundo.
O fundo de pensões do governo do Japão (Government Pension Investment Fund - GPIF) gerou um retorno negativo de 9,1% nos últimos três meses do ano passado, o que equivale a uma perda de 14,8 biliões de ienes (118,5 mil milhões de euros).
De acordo com a Bloomberg, este foi o pior trimestre para o GPIF, pois nunca na sua história tinha registado uma perda tão elevada em valor. O retorno negativo próximo dos 10% também foi o pior de sempre.
Os ativos do fundo baixaram para 150,7 biliões de ienes (1,2 biliões de euros), o que equivale a mais de seis vezes o PIB de Portugal.
As ações japonesas foram a pior classe de ativos do fundo (-17,6%), seguindo-se as ações estrangeiras (-15,7%), refletindo o trimestre turbulento vivido nas bolsas mundiais. O valor de mercado das ações a nível mundial encolheu cerca de 10 biliões de dólares no quarto trimestre.
O GPIF tem cerca de metade da carteira aplicada no mercado acionista, o que no passado tem motivado desempenhos positivos, dado que nos dois últimos anos o contributo das ações foi positivo.
O fundo de pensões do Japão alterou a sua estratégia de investimento em 2014, privilegiando o mercado acionista, até porque os retornos das obrigações (sobretudo as japonesas) têm vindo a encolher. No último trimestre do ano passado as obrigações japonesas geraram um retorno positivo de 1% e as estrangeiras desvalorizaram 2,7%.