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Impresa dispara quase 8% em bolsa após passar de prejuízos a lucros

A dona do Expresso e da SIC inverteu os resultados líquidos e passou a lucros em 2018. Nos mercados, os investidores também colocam a empresa a cotar em terreno positivo.

Lusa
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A dona da SIC e do Expresso, a Impresa, já chegou a subir quase 8% em bolsa naquela que é a primeira sessão após a divulgação dos resultados relativos a 2018. No ano passado, a empresa conseguiu passar a linha vermelha e saltar de prejuízos para lucros.

 

As ações da Impresa seguem a somar 6,41% para os 24,9 cêntimos, mas já chegaram a valorizar 7,69% para os 25,2 cêntimos – um máximo de seis meses. É preciso recuar a 27 de agosto de 2018 para encontrar preços superiores para estes títulos.

 

A Impresa registou 3,1 milhões de euros de lucro no ano passado, valor que compara com perdas de 21,6 milhões de euros em 2017, anunciou esta quinta-feira, 28 de fevereiro, a empresa dona da SIC e do Expresso.

 

O EBITDA cresceu – 21% para os 18,1 milhões de euros – apesar da quebra de 2,2% nas receitas, a qual foi compensada por uma redução de 4,4% nos custos operacionais. Ainda no que toca aos proveitos, a publicidade entregou 11,9 milhões de euros ao grupo, mais 0,3% que no ano anterior, mas a subscrição de canais caiu 6,2% e as receitas de circulação diminuíram 2,9%. O publishing" aumentou a faturação em 2,6%, para 24,3 milhões enquanto as receitas do segmento televisão encolherem 5,5%, para 145,3 milhões.

 

O administrador Francisco Pedro Balsemão (na foto) lamentou, contudo, na conferência de apresentação dos resultados, que a Impresa tenha sido obrigada a constituir provisões de 2,2 milhões de euros - as quais reduzem os lucros da Impresa em 41,5% - devido a uma opinião da Autoridade Tributária (AT) relativa à venda, em janeiro de 2018, do portefólio de revistas à Trust in News, de Luís Delgado. Francisco Pedro Balsemão indicou que a Impresa discorda do entendimento do fisco, argumentando que, ao contrário do que defende a AT, não devem ser contabilizadas mais-valias pela alienação daquele portefólio, que incluía revistas como a Visão ou a Exame.

A dívida líquida e locações subiu 0,4%, para 179,2 milhões de euros, o que a empresa justifica com o financiamento do projeto de expansão do edifício Impresa, em Paço de Arcos, e do investimento em tecnologia nos novos estúdios. Para este ano, o CEO do grupo prevê que a dívida volte a uma trajetória descendente, "já no primeiro trimestre".

Para este ano, a estratégia delineada pela Impresa passa pela melhoria dos resultados operacionais, a redução da dívida e a venda de ativos não estratégicos.

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