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Goldman vê ações dos EUA a ganhar no ano apesar da guerra comercial

Um dos principais bancos norte-americanos, o Goldman Sachs, não prevê uma desvalorização dos títulos norte-americanos no acumulado do ano, na sequência da guerra comercial. Contudo, caso a Casa Branca recuasse na imposição de tarifas, poderiam ver maiores ganhos.

A desregulamentação será outra das bandeiras da administração Trump e já está em marcha. O novo Presidente assinou já uma ordem executiva que obriga a eliminar dois regulamentos por cada um novo que for criado. O magnata do imobiliário, que conta com vários antigos responsáveis da Goldman Sachs na sua equipa, pretende também diminuir a carga regulatória imposta sobre os bancos, rompendo com a tendência de maior exigência e controlo definida após a crise financeira de 2008. O presidente do BCE, Mario Draghi, foi um dos que veio condenar esta intenção.
reuters
24 de Maio de 2019 às 11:09
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Os analistas do Goldman Sachs simularam diferentes cenários que poderiam decorrer da disputa comercial entre os Estados Unidos e a China. A conclusão é que, mesmo impondo tarifas sobre todas as importações chinesas e até sobre o setor automóvel, o S&P500 deverá ficar com saldo positivo no final do ano, avança a Bloomberg.

"Uma escalada do conflito que resultasse na imposição de tarifas sobre os restantes 300 mil milhões de dólares de produtos importados da China levaria a uma quebra adicional de 4% no preço das ações", escreveram os analistas do Goldman. Além desta queda, pode vir a verificar-se uma perda de 7% no valor das ações em Wall Street caso os Estados Unidos avancem com tarifas sobre as importações de carros.

Desde janeiro, um dos principais índices nova-iorquinos, o generalista S&P500, soma uma valorização de 13%, devendo fechar o ano com sinal positivo mesmo no cenário mais pessimista traçado pelo Goldman Sachs. 

Mas as consequências não se limitam às ações: olhando à dívida soberana, o primeiro cenário apresentado – de imposição de tarifas sobre 300 mil milhões de dólares em importações chinesas – implicaria que a taxa remuneratória das obrigações do Tesouro caísse 15 pontos base, enquanto a imposição de tarifas no setor automóvel provocaria uma descida de 25 pontos base nos juros da dívida.

Em contraste, no cenário base utilizado pelo Goldman, o banco prevê uma redução progressiva das tarifas agora em vigor. Neste caso, ao invés de quebras, o S&P500 subiria "cerca de 4%" e os juros da dívida agravariam entre 10 a 15 pontos base, dizem os mesmos analistas.


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