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Dona da Mercedes afunda quase 5% com novo "profit warning" e cortes de 1,3 mil milhões

A empresa quer poupar mais de mil milhões de euros com redução do investimento e cortes nos postos de trabalho.

14 de Novembro de 2019 às 12:20
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A Daimler, fabricante da Mercedes, está a registar fortes perdas na bolsa de Frankfurt, e a arrastar o setor, depois de o CEO ter emitido um novo "profit warning" e anunciado um plano de corte de custos de 1,3 mil milhões de euros.

Os títulos da fabricante estão a descer 3,03% para 51,92 euros, depois de já ter afundado um máximo de 4,67% para 51,04 euros.

Na sua primeira grande apresentação da estratégia da empresa desde que tomou posse, em maio, Ola Kallenius avisou que não há soluções fáceis para as dificuldades enfrentadas pelas fabricantes automóveis para se adaptarem à nova era dos carros autónomos e dos elétricos.  

Depois de dois profit warnings no início do ano, o CEO voltou a avisar que os resultados da empresa vão continuar sob pressão nos próximos dois anos, e que será necessário aumentar gradualmente as margens através de um plano de redução do investimento e dos postos de trabalho. Este plano deverá traduzir-se em poupanças de 1,3 mil milhões de euros.

"Para nos mantermos bem-sucedidos no futuro, temos de agir já e aumentar de forma significativa a nossa força financeira", afirmou Kallenius, citado pela Bloomberg. "São necessárias medidas abrangentes para aumentar a eficiência em todas as áreas".

Depois de a divisão de carros da Mercedes ter cortado a sua previsão de margem de lucro este ano para um intervalo de 3% a 5% - bem abaixo da rival francesa PSA - a Daimler previu margens de pelo menos 4% no próximo ano e 6% em 2022, excluindo as consequências das guerras comerciais. A divisão de camiões terá margens de mais de 5% em 2020 e 7% em 2022.

Segundo a Bloomberg, os cortes de postos de trabalho são uma componente central do esforço de recuperação da empresa.

Na unidade de carros da Mercedes, 10% dos cargos de gerência e um número indefinido de funções administrativas "indiretas" serão eliminados para reduzir os custos em mais de mil milhões de euros. Já a unidade de camiões poupará 300 milhões de euros em custos com pessoal na Europa.

Os avisos deixados pela Daimler estão a afetar todo o setor, que é o que mais penaliza as bolsas europeias esta quinta-feira, com descidas na ordem de 1%.

A Faurecia desliza 3,42%, a Valeo cai 2% e a Renault e Michelin desvalorizam mais de 1%.
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