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Bolsas mundiais registam o melhor janeiro de sempre

Depois de um fecho de ano de queda, as bolsas mundiais arrancaram 2019 de forma positiva. Este é mesmo o melhor janeiro de sempre para as praças em todo o mundo.

Reuters
31 de Janeiro de 2019 às 17:27
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As bolsas mundiais registaram o melhor janeiro de sempre. Da Europa aos EUA, os principais mercados acionistas conseguiram recuperar do ano negro que foi 2018. E o desempenho deveu-se sobretudo à mudança de postura do banco central norte-americano quanto ao futuro da política monetária e ao otimismo em torno da negociação comercial entre os EUA e a China. 

 

De acordo com a Bloomberg, o MSCI - o índice que representa as ações mundiais - encerrou o mês a subir perto de 7%, naquele que é o melhor mês de janeiro desde que o índice começou a ser calculado em 1988 e o melhor desempenho em qualquer mês desde dezembro de 2015.

 

Na Europa, Stoxx 600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, acumulou uma subida de 6,23% este mês, o que representa a maior subida mensal desde outubro de 2015. Isto depois de as praças do Velho Continente terem perdido 12% no último trimestre do ano passado, pressionadas pelos receios em torno de um abrandamento global e subida das taxas de juro.
"As ações europeias estão a subir de forma generalizada, em linha com os outros mercados acionistas. Os catalisores são comuns: os valores [dos títulos] são mais atrativos, os bancos centrais estão a aguardar, tanto na Europa como nos EUA e China, e há o otimismo de que os EUA e a China vão conseguir chegar a um acordo comercial", refere Andrew Milligan, responsável pela estratégia global da Aberdeen Standard Investments.

 

Esta tendência positiva não é exclusiva da Europa. Também nos EUA, o otimismo domina entre os investidores, com o norte-americano S&P 500 a avançar 6,95% desde o início do mês. É o melhor desempenho em três anos. 

 

É do outro lado do Altântico que advém um dos fatores que mais está a influenciar esta recuperação global: a postura da Reserva Federal (Fed) dos EUA. O banco central liderado por Jerome Powel deixou de se comprometer com o rumo das taxas de juro, sinalizando que será "paciente" em relação à política monetária até perceber qual será o desempenho da economia mundial.

 

Isto numa altura em que a perspetiva consensual é de que os riscos para a economia aumentaram e os números mostram que o crescimento económico está a abrandar um pouco por todo o mundo.

 

Neste cenário, há quem alerte para o perigo de este ano o mercado acionista vir a conhecer um desfecho muito semelhante ao de 2018. Apesar de todos os esforços dos bancos centrais para ajudar a economia mundial, estes podem não ser suficientes, a não ser que os líderes políticos tomem decisões que ponham fim às várias ameaças, como a guerra comercial, o Brexit e o orçamento italiano.

 

De acordo com Andrew Milligan, da Aberdeen Standard Investments, os investidores estão por isso "à espera de mais sinais de uma melhoria do ciclo económico global antes de decidirem que posição vão adotar" no mercado.

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