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Bolsa da Grécia com melhor arranque de ano em duas décadas

Desde 1999 que o principal índice bolsista helénico não registava uma valorização tão grande nos primeiros meses do ano. Crescimento económico, subida de "rating" e saída do programa de ajuda externa explicam o otimismo.

Bloomberg
06 de Março de 2019 às 08:30
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Desde que começou 2019, a bolsa grega (ASE) já valorizou 13,24%, o que representa o melhor arranque de ano em duas décadas (desde 1999).

No ano em curso, a ASE apenas completou um ciclo semanal de negociação bolsista com saldo negativo num total de oito semanas, encaminhando-se para fechar sexta semana consecutiva a acumular valor.

Esta subida da bolsa helénica decorre num contexto económico favorável para a economia grega. É que depois da saída do programa de assistência externa completado no verão passado seguiram-se subidas de "rating" a que acresce agora o acelerar do PIB helénico que está a caminho do ritmo mais rápido de crescimento desde 2007, antes da crise financeira internacional.

A agência Bloomberg refere ainda que a contribuir para este momento positivo estão os planos em curso do governo liderado por Alexis Tsipras (Syriza, esquerda) com vista a reduzir os níveis de crédito malparado na banca do país.

Por outro lado, com eleições previstas para depois do verão, mas que podem ser antecipadas para maio, as sondagens apontam para uma vitória e regresso ao poder do Nova Democracia (ND, centro-direita).

A possibilidade de um governo conservador em Atenas é bem vista pelos investidores, já que acreditam que o ND promova políticas mais amigas dos investidores do que o Syriza. O líder conservador Kyriakos Mitsotakis promete reduzir o setor público, cortar impostos sobre as empresas para animar a economia e concretizar os grandes investimentos há muito congelados.

Seja como for, existe nos mercados a convicção de que o caminho de reformas encetado pelo governo de esquerda de Tsipras não será interrompido.

Com os juros da dívida pública grega em mínimos de 2006, o Tesouro helénico avançou para uma emissão de títulos soberanos a 10 anos concretizada esta semana com financiamento a um juro de 3,9%.

Foi a primeira emissão de dívida a 10 anos desde 2010, ano da primeira intervenção da troika e a segunda vez que a Grécia efetuou um leilão de dívida pública em 2019, dados que atestam a normalização económica num país que esteve oito anos sob resgate externo.

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