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Barclays sobe preço-alvo dos CTT e leva ações a máximos do ano
O banco britânico elevou a avaliação das ações dos correios nacionais em 26% e diz que o setor na Europa pode melhorar os lucros em 2020.
O Barclays aumentou o preço-alvo das ações dos CTT em 26%, de 2,85 euros para 3,60 euros, no âmbito de uma nota de "research" positiva para o setor dos correios na Europa. A recomendação é de "equal weigth" (equivalente a manter).
De acordo com uma notícia da Bloomberg, o banco de investimento britânico espera que as empresas europeias de serviço postal de média dimensão poderão assistir a uma inversão nos resultados de 2020.
Segundo o analista do Barclays, nos últimos 24 meses todas as cotadas de correios reviram em baixa as suas previsões de resultados, mas 2020 pode ser o ano em que as contas vão refletir os benefícios das medidas de reestruturação implementadas e das apostas em áreas de negócio fora do serviço postal. Além disso, o analista Marco Limite assinala que o setor pode receber uma ajuda dos reguladores, que deverão reconhecer o ambiente mais desafiante para as empresas de correios.
O belga Bpost é operador de serviço postal preferido do Barclays, tendo o preço-alvo subido 12,50 euros para 14 euros. A avaliação do Austrian Post aumentou de 35,5 euros para 36,40 euros.
O research do Barclays, a que o Negócios não teve acesso, está a ter impacto relevante nas ações de todas as cotadas, com destaque para os CTT. A cotada portuguesa já esteve esta manhã a ganhar 4,84% para 3,248 euros, o que corresponde a um máximo de 18 de dezembro do ano passado.
Num dia de perdas nos mercados acionistas, as ações seguem agora com um ganho mais contido de 1,42% para 3,142 euros. Em 2019 avançam 6,65%, sendo que este poderá ser o primeiro ano positivo para os CTT desde 2015.
Entre os cinco analistas que seguem os CTT, um recomenda comprar, três manter e um vender. O preço-alvo médio é de 2,92 euros, o que se situa abaixo da atual cotação.