Notícia
Açúcar é a matéria-prima com o desempenho "mais amargo" de 2018
Cada vez menos procura acompanhada de produção em níveis recorde: estes são os ingredientes que têm contribuído para um desempenho menos apetecível do açúcar nos mercados.
O açúcar tem em 2018 um gosto mais amargo em bolsa. As cotações desta matéria-prima já afundaram 25,65% desde o início do ano, a maior quebra entre os 22 componentes do índice de matérias-primas da Bloomberg. As previsões apontam para que a trajectória descendente se mantenha.
Na semana que terminou no dia 3 de Julho, as posições curtas em relação ao açúcar - isto é, as apostas na queda das cotações - mais do que triplicou, de acordo com a Comissão de Trading de Matérias-Primas norte-americana.
A penalizar os preços está o desequilíbrio de forças entre oferta e procura. A produção estará em condições de ultrapassar a procura já no final do próximo mês de Setembro, quando atingir as 19,6 milhões de toneladas, prevê a empresa australiana Green Pool. De acordo com o mesmo relatório, o excedente será suficiente para dar resposta à procura anual do principal importador, a China.
Este ano, a procura fica-se por um crescimento de 1,4%, o que compara com a média de 1,7% da última década. As preocupações cada vez mais presentes na população, que deseja um estilo de vida saudável, incitam as empresas a reduzir a quantidade de açúcar nos seus produtos. "O aumento da procura vai continuar menor do que nos últimos anos. O preço está condenado a manter-se baixo por uns tempos", diz um analista citado pela Bloomberg.
Paralelamente, a produção tem disparado, sobretudo na Índia e Tailândia, agravando a pressão. As reservas de açúcar deverão atingir um máximo de sempre este ano e manter-se perto dos níveis recorde em 2019, prevê o Departamento de Agricutura dos EUA.
"A não ser que exista um incidente climatérico, não parece que os touros poderão ter esperança num rally", comenta ainda um analista da Newbridge Securities consultado pela Bloomberg.
O açúcar está a subir esta terça-feira, 10 de Julho, 0,09% para 11,41 dólares por libra-peso, o que corresponde a cerca de 11,4 cêntimos de dólar por quilo.
Na semana que terminou no dia 3 de Julho, as posições curtas em relação ao açúcar - isto é, as apostas na queda das cotações - mais do que triplicou, de acordo com a Comissão de Trading de Matérias-Primas norte-americana.
A penalizar os preços está o desequilíbrio de forças entre oferta e procura. A produção estará em condições de ultrapassar a procura já no final do próximo mês de Setembro, quando atingir as 19,6 milhões de toneladas, prevê a empresa australiana Green Pool. De acordo com o mesmo relatório, o excedente será suficiente para dar resposta à procura anual do principal importador, a China.
Paralelamente, a produção tem disparado, sobretudo na Índia e Tailândia, agravando a pressão. As reservas de açúcar deverão atingir um máximo de sempre este ano e manter-se perto dos níveis recorde em 2019, prevê o Departamento de Agricutura dos EUA.
"A não ser que exista um incidente climatérico, não parece que os touros poderão ter esperança num rally", comenta ainda um analista da Newbridge Securities consultado pela Bloomberg.
O açúcar está a subir esta terça-feira, 10 de Julho, 0,09% para 11,41 dólares por libra-peso, o que corresponde a cerca de 11,4 cêntimos de dólar por quilo.