Notícia
Acções de África do Sul em máximos históricos
A bolsa de Joanesburgo subir quase 9% este ano, sendo que a subida de Julho é de 7%.
O FTSE / JSE Africa All Share Index tocou no arranque da sessão 55.366,74 pontos o valor mais alto de que há registo, de acordo com os dados da Bloomberg.
A bolsa de Joanesburgo já disparou mais de 7% este mês de Julho, o melhor desempenho mensal desde Outubro de 2015. As estrelas de Julho são as mineiras Kumba Iron Ore Ltd (que subiu 5,2%), AfricanRainbow Minerals Ltd (3,3%), Glencore Plc (3,2%) e a Anglo American Plc (6%).
Um desempenho que é surpreendente tendo em conta que o país caiu este ano na segunda recessão em quase uma década. Ainda assim, o avanço de 9,1% do índice de referência de Joanesburgo desde o início de 2017 é bem inferior ao salto de 24% no Índice MSCI Emerging Markets, isto porque persistem dúvidas sobre a capacidade de o Governo, do presidente Jacob Zuma, implementar políticas para reactivar o crescimento.
Ferdi Heyneke, gerente da Afrifocus Securities, em Joanesburgo, enaltece a "grande recuperação" e assegura, em declarações à Bloomberg, que "existe um grande optimismo de que o mercado accionista vai continuar a superar a economia". Simon Brown, da Just One Lap, vê o copo ainda mais cheio: "O mercado acredita que no segundo semestre de 2018, quando a recessão acabar, as taxas de juros vão ser menores e provavelmente teremos um novo presidente", neste cenário, defende, há muitas razões para acreditar que apostar no mercado accionista de Joanesburgo é um valor seguro.
Há quem veja o copo meio vazio e avise que há pelo menos um sinal de que as acções deste mercado já podem estar sobreavaliadas: isto porque pela primeira vez desde Março de 2016, o índice de resistência relativo ao índice de referência accionista de África do Sul está acima de 70 pontos, o que sugere esta possível sobreavaliação.
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