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Depois do investimento, primeiro-ministro diz que palavra-chave é "executar"
Luís Montenegro regressa esta quarta-feira ao Parlamento para o primeiro debate quinzenal de 2025, um ano que o primeiro-ministro elegeu como sendo de "investimento" a que agora acrescenta a "execução"
O primeiro-ministro elege como "palavra de ordem, executar" lançando críticas ao anterior governo por anunciar muitos planos, mas sem passarem para o terreno.
"A nossa política tem como base, como palavra de ordem, executar. Mais do que mostrar grandes figuras e grandes powerpoints, é executar no terreno", afirmou Luís Montenegro no debate quinzenal desta quarta-feira, no Parlamento.
O primeiro-ministro deu exemplos como os já anunciados pela AICEP na contratualização de investimento no valor de 420 milhões de euros em 2024. "Nas últimas semanas foram contratualizados pela AICEP vários investimentos industriais que perfazem, no final do ano de 2024, 420 milhões de investimento."
Luís Montenegro comparou com os anos anteriores para 2022 de 12 milhões de euros e em 2023 de 41 milhões de euros, valores que para o primeiro-ministro são "uma prova de que o programa Acelerar a Economia está no terreno e também não se limita apenas à sua apresentação e ao anúncio dos seus objetivos."
Uma comparação que o líder do PS contrariou. Pedro Nuno Santos lembrou que a execução dos projetos leva tempo e que nos últimos anos, a taxa aumenta.
Luís Montenegro indicou ainda o plano de simplificação que vai ser aprovado no Conselho de Ministros desta quinta-feira. "Vamos combater a burocracia e o excesso de regulamentação. E estamos a começar naquilo que nos diz respeito mais diretamente no âmbito da Administração Central, através de novas ferramentas de gestão e através de programas de simplificação como aquele que amanhã [quinta-feira] mesmo iremos aprovar no Conselho de Ministros, no âmbito da simplificação fiscal, com 30 medidas que vão ao encontro do interesse de servir melhor os contribuintes e de servir melhor as empresas."
O chefe do Governo apontou ainda para o plano de recuperação e resiliência (PRR). "Já ultrapassámos a suspensão de pagamentos no âmbito do PRR, já removemos uma parte da burocracia excessiva que o programa continha, que tomámos medidas de reforço da transparência e da capacidade de fiscalização", afirmou.
O debate desta quarta-feira representa o regresso do primeiro-ministro ao parlamento para o primeiro debate quinzenal deste ano e acontece um dia antes de um Conselho de Ministros que deverá aprovar cerca de 30 medidas na área da simplificação fiscal e quando o tema da segurança continua no centro do debate público.
O último debate quinzenal realizou-se em 11 de dezembro – o próximo já está fixado para 05 de fevereiro – e acabou por ficar marcado pelo tema do acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) por cidadãos estrangeiros, com PSD e CDS-PP a anunciarem nesse dia uma iniciativa entretanto já aprovada na generalidade.
* Com Lusa