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Terceira onda de correcção nos mercados pode estar a chegar

As quedas e a volatilidade que atingiram os diversos mercados accionistas a nível global ainda não acabaram.

Os investidores que prefiram ficar longe do sobe e desce do mercado podem privilegiar uma abordagem mais defensiva. Os fundos multiactivos podem ser uma boa alternativa para quem pretende obter retornos, mas não quer assumir riscos demasiado elevados.

Os fundos multiactivos ajustam-se a praticamente todos os investidores, uma vez que existem produtos com uma estratégia de investimento mais defensiva, equilibrada e agressiva. Apesar da instabilidade registada nos mercados accionistas nas últimas semanas, são os multiactivos agressivos, com maior exposição ao mercado accionista, que apresentam as melhores rendibilidades. Rendem, em média, 0,9% nos últimos três meses. Já os fundos que privilegiam uma estratégia mais equilibrada somam 0,81%, segundo os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

Ao investirem em diversas classes de activos, estes produtos de poupança reduzem o risco resultante de oscilações bruscas nos mercados financeiros. Ou seja, se as bolsas mundiais registarem quedas acentuadas enquanto está a banhos, a exposição a outros activos, como a dívida ou cambial, vai atenuar o efeito negativo das acções na carteira. No entanto, caso os problemas nos mercados aliviem e as bolsas registem subidas elevadas, esses fundos não irão obter retornos tão expressivos.
Reuters
21 de Fevereiro de 2018 às 16:32
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As quedas e a volatilidade que atingiram os diversos mercados accionistas a nível global podem ainda não ter acabado. Uma análise à história dos modelos de mercados mostra que "uma terceira onda" de correcções pode estar a caminho.

O alerta é do CEO da consultora financeira Longview Economics, em entrevista esta quarta-feira, dia 21 de Fevereiro, à CNBC. E surge um dia depois de o Morgan Stanley ter defendido que a turbulência nos mercados accionistas, que levou os índices norte-americanos a viverem a sua pior semana em dois anos, foi apenas "a entrada, não o prato principal". 

 

"A ideia de que o pior já passou é apenas o triunfo da esperança sobre a realidade", afirmou Chris Watling, acrescentando que estes fenómenos nos mercados tendem a acontecer em três fases. "A primeira onda foi a que vivemos a 26 de Janeiro nos EUA, depois houve um rally de alívio típico (a segunda onda), que ocorreu na semana passada, quando o S&P500 subiu 6%, a melhor performance semanal desde 2011. E provavelmente há uma terceira onda de novos mínimos ou de teste aos mínimos da primeira onda de venda". 

O CEO da Longview Economics acredita que o "ambiente actual é bastante perigoso" e fala numa "enorme complacência" do mercado. Chris Watling estranha que muitos analistas falem de uma correcção saudável dos mercados, e que encarem o que aconteceu como apenas um sell-off. Defendendo que não é habitual tanto optimismo e complacência perante a dimensão da queda. "Provavelmente haverá algum risco de quedas nas próximas semanas", conclui.

Estas são vozes preocupadas que estão, no entanto, longe de representar a maioria. A directora do FMI afirmou que o mini-crash nas bolsas era necessário e é muito bem-vindo. Também em entrevista à CNBC, Christine Lagarde defendeu que os preços dos activos estavam demasiado elevados e que a queda nas bolsas foi uma medida de correcção "salutar".

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