Para Miguel Afonso, "do ponto de vista empresarial, este é um ano bastante melhor do que os anteriores" no que toca à importância da Web Summit.

O partner da KPMG reconhece que o evento "perdeu algum impacto mediático", até porque já não se circunscreve a Portugal, mas acredita que "tem conseguido filtrar os principais objetivos", nomeadamente a criação de negócios no universo da tecnologia.

Já o advogado Luís Miguel Henrique entende que a feira tecnológica "está menos glamorosa". "O glamour perdeu-se, não sendo necessariamente mau", frisa, lembrando que "é a perda da novidade e da unicidade" que o justificam.

O papel da IA generativa foi outro dos temas abordados durante a conversa, bem como a promessa do primeiro-ministro, Luís Montenegro, de criar um chat GPt português.

"Temos escolas que estão no topo e que podem ajudar neste processo, temos conhecimento e capacidade", acredita Miguel Afonso.

No entender de Luís Miguel Henrique, Montenegro ganhou "algum embalo de entusiasmo" pela presença no palco da Web Summit", lembrando que temos de olhar para o anúncio do governante "e percebê-lo na lógica da comunicação política". Ainda assim, sublinha, "não há nenhum problema em o país pensar grande".