Apesar de ter desvalorizado cerca de 14% face ao euro, desde o início do ano, o dólar poderá ainda não ter esgotado as quedas. Marc Faber admite que a nota verde até possa recuperar 4% a 5% no curto prazo, depois de ter tocado em mínimos de Janeiro de 2015 nos últimos dias, mas as perspectivas de longo prazo não são as melhores. E há apenas um responsável por isso: Donald Trump. "Apenas tem de olhar-se para a administração dos EUA e para as suas políticas económicas que não vão ser muito propícias para a força do dólar a longo prazo", adiantou Faber numa entrevista à CNBC. Apesar de ter anunciado um ambicioso plano económico, as políticas de Trump nunca saíram do papel, o que tirou força à divisa dos EUA. Para o Dr. Doom, é, contudo, difícil encontrar alternativas ao dólar no mercado cambial. Daí a elevada popularidade da bitcoin. "A questão é que moeda é muito melhor do que o dólar?", questiona Faber. E a resposta recai nas criptomoedas. Mas será seguro trocar a aposta em divisas reconhecidas pela bitcoin? Isso, só o tempo o dirá.

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