Opinião
As acções do "pecado" e as tentações nos mercados
Investir de forma ética pode ser uma tarefa complicada para bater a concorrência.
Apesar de haver estudos a sugerir que evitar empresas com riscos reputacionais pode ajudar aos retornos no longo prazo, as acções de empresas ligadas ao "pecado" têm apresentado melhores desempenhos.
Segundo a Bloomberg, o índice americano que agrupa empresas de armamento, tabaco, jogo e bebidas alcoólicas ganha 21%, este ano. É mais do dobro da subida do S&P 500. Nos últimos cinco anos, o índice do "pecado" ganha cerca de 125%, o que compara com 70% do S&P. Esta diferença pode ser uma dor de cabeça para os gestores que querem manter as carteiras apenas em cotadas éticas. Na sabedoria popular de Wall Street, esta tendência das acções do "pecado" para baterem o mercado é explicada com um prémio reputacional que os investidores conseguem tirar desses sectores.
Jornalista