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10 de Outubro de 2017 às 17:22

O "atraso" de Trump e um concurso de testes de QI

Depois da guerra com os democratas e com a imprensa e os conflitos verbais com praticamente todos os congéneres internacionais com quem se cruzou, Trump estava a ficar com pouca gente com quem guerrear. Mas resolveu isso, com uma guerra com o Partido Republicano e com o seu próprio staff.

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Tudo começou há uns dias, quando uma notícia deu conta de que Rex Tillerson, o seu Secretário de Estado, se referiu a Trump como um 'moron', o que pode ser traduzido pelo politicamente incorrecto termo de "atrasado". Estes comentários foram feitos em privado mas Tillerson não desmentiu que tivesse usado o termo, preferindo dizer que nunca lhe passou pela cabeça demitir-se.

Trump, cuja relação difícil com Tillerson é conhecida, não resistiu a comentar esse alegado comentário: "Acho que é fake news, mas se ele disse isso acho que temos de comparar testes de QI. E posso dizer-vos quem vai ganhar".

Na BBC, o correspondente norte-americano Anthony Zurcher descodifica a irritação: "O senhor Trump é muito sensível quando as pessoas duvidam do seu intelecto. Se é verdade que ele se sente muito confortável na troca de insultos, há um tema que está claramente fora dos limites".

Nos últimos dias, Trump está também numa guerra com o senador republicano Bob Corker, que começou numa troca de tweets. Corker chegou a escrever que "a Casa Branca parece um lar de terceira idade. Claramente alguém faltou hoje ao seu turno". Depois, numa entrevista ao New York Times, afirmou ter informações de que o staff da Casa Branca passa todo o tempo a tentar controlar o feitio e os impulsos do Presidente, para que não tome decisões disparatadas. "A vasta maioria dos republicanos no Senado entende aquilo com que estamos a lidar, claro que entendem a volatilidade com que lidam e a tremenda carga de trabalho exigida às pessoas à volta dele para o manterem no meio da estrada".

Corker, que quebrou o tabu ao dizer que os republicanos têm consciência de que Trump não tem condições psicológicas para desempenhar o cargo, já levou, naturalmente, a resposta. O Presidente correu para o twitter, chamou-o de "pequeno Bob Corker" e disse que, na entrevista, ele soava como um palerma.

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