No Politico/Europe, Cynthia Kroet escreve: "A política não é tudo. Afinal a Holanda é casa do maior porto da Europa (Roterdão) e depende fortemente do comércio, a economia poderia sofrer uma ferida profunda com o Nexit. (...) Os especialistas dizem que a economia holandesa poderia afundar até 10% nos próximos dois anos se o país abandonasse a UE." Mas o certo é que os holandeses são agora mais eurocépticos, especialmente depois da crise grega. E a eleição de Donald Trump e o Brexit aceleraram as tentações populistas. 43% dos holandeses dizem agora que apoiam um Nexit. Face a isto, o que faz a Europa? Juncker lançou um documento. Será ele a solução? Ainda no Politico, Tim King argumenta: "Se o futuro da UE depende do papel branco que Jean-Claude Juncker apresentou ao Parlamento Europeu na quarta-feira então é altura de ir para as saídas de emergência e começar a baixar os salva-vidas. O papel branco é mais estilo do que substância - um grande triunfo de apresentação, mas a luz irá corroer os gráficos bonitos antes de 25 de Março, quando os grandes e os bons convergirão para Roma para comemorar o 60.º aniversário da fundação do que acabou por ser a UE." E recorda: "Quando S. Pedro encontrou Cristo e lhe perguntou 'quo vadis'? A resposta que recebeu foi 'vou para Roma para ser crucificado outra vez'. Talvez uma profecia para a UE."

Em França, a direita está nervosa com Fillon. E no L'Obs, Sylvain Courage escreve: "Fillon ainda não assentou residência na ilha de Elba, mas sonha com um regresso triunfal em 100 dias? (...) O antigo primeiro-ministro continua a crer, contra todas as evidências, que pode ser o vencedor." O sonho de Napoleão, é claro, em nova versão.