Decidindo o que vai ser decidido na reunião na reunião alargada da UE em Bratislava no próximo mês. O simbolismo foi total: Garibaldi foi um dos unificadores da Itália. Espera-se que inspire a solidez da Europa. Lá o "clube dos três" decidiu ao sol o futuro de todos nós. Denis MacShane, no "Independent" fala sobre o longo percurso do Brexit: "Passaram oito semanas desde que votámos para abandonar a UE mas é capaz de demorar oito anos antes que o Reino Unido esteja totalmente fora da Europa - se chegarmos a deixá-la. (…)

A nova primeiro-ministro, Theresa May, que é pragmaticamente fria, deu aos três mosqueteiros do Brexit - Boris Johnson, Liam Fox e David Davis - a missão de nos tirar o mais depressa e com menos dor da Europa". Joseph Stiglitz, no "Guardian", fala de outra ferida da Europa: o euro. E escreve: "A Alemanha gosta de culpar a vítima, apontando para o esbanjamento da Grécia e a dívida e o défice em todo o lado. Mas isto põe a carroça à frente dos bois: a Espanha e a Irlanda tinham excedentes e baixos níveis de dívida face ao PIB antes da crise do euro. Foi a crise que causou os défices e as dívidas, não o contrário. (…) O seu declínio não resultou de uma súbita mudança nas leis do trabalho ou de uma epidemia de preguiça. O que mudou foi o pacto monetário".

Os europeus temem. Por isso Nicolas Sarkozy avança para a presidência. Alain Auffray, no "Libération", analisa: "Depois de 'France pour la vie', 'Tout pour la France'. Os slogans sucedem-se e assemelham-se". A prioridade é "combater para defender o nosso modo de vida". O medo como programa é a sua declaração de princípios. Não se imagina o que diria Sarkozy se estivesse com Merkel e Renzi no lugar de Hollande.