Opinião
A Venezuela entre a greve geral e a dissolução
Cada vez é mais evidente que a Venezuela vai entrando em colapso. Em dia de greve geral contra a Constituinte que Nicolás Maduro quer levar avante, o país está dividido. E cada vez mais pobre.
A repressão não pára. E, nas últimas horas, continua a prender, um a um, os juízes do Supremo Tribunal de Justiça do país. Essa era uma promessa de Maduro, feita no Parlamento na semana passada. Três dos juízes foram detidos e um foi apresentado perante um tribunal militar. Com a economia em colapso, a Venezuela, país conhecido pelo seu potencial e riqueza, enfrenta um novo problema: se os Estados Unidos deixarem de comprar o petróleo venezuelano (36% deste vai para os EUA), as receitas do país poderiam reduzir-se drasticamente. A Venezuela poderia tentar vendê-lo noutros mercados, mas com os preços tão baixos, isso não vai ser uma tarefa fácil. E o petróleo é que alimenta o regime. No meio de todo este caos, Tinedo Guía, o presidente do conselho de jornalistas da Venezuela, declarou: "Queremos a liberdade de escolher os alimentos que desejamos, o poder de consegui-los sem termos de depender de uma bolsa de alimentos entregue pelo regime de maneira discriminatória. Por isso apoiamos a greve irreversível."
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