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09 de Dezembro de 2016 às 09:35

A Europa está mal. O porquê depende do ponto de vista

A União Europeia está em "looping" e qualquer eleição, nos dias que correm, parece ser o prenúncio do apocalipse. E, como em tudo na vida, também para o mau estado da Europa se encontram responsáveis. Que variam, consoante o ponto de vista.

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Na Visão, Rui Tavares Guedes aponta o dedo acusador à Alemanha. "Sempre que Wolfgang Schäuble fala, a coesão europeia sofre um golpe. E esta União, é preciso reconhecê-lo, já não suporta muitos mais golpes."

Francisco Louçã, no Público, é mais salomónico na distribuição de responsabilidades. "A União destrói-se por dentro, porque é divergência e não é União. A calma europeia é somente medo. (...) Mais do que tudo, a Europa tem medo de todas as eleições, foi a isto que desceu."

Mas há quem diagnostique que o problema está dentro da máquina. "Desde que as instituições europeias assistiram a um enfraquecimento brutal da Comissão Europeia e a um reforço do Conselho sem precedentes, a 'Europa' tornou-se receosa da democracia e das eleições e a sua burocracia, inimiga dos povos e das nações", escreve José Pacheco Pereira na Sábado.

Neste projecto do fim, como lhe chama, Pacheco Pereira coincide com Rui Tavares Guedes. "Na verdade, eles têm um projecto: cindir a União, separando os 'bons' à volta da Alemanha, que vão à sua rica vida, sem o ónus de ter de aturar os 'maus', os ingovernáveis esbanjadores."

No i, Eduardo Oliveira e Silva alarga o leque dos responsáveis, denunciando sua "a mediocridade e precipitação ". "Logo por azar, Hollande foi contemporâneo das luminárias Cameron e Renzi, dois imaturos que decidiram jogar na democracia referendária como quem aposta no tudo ou nada num casino."


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