Opinião
05 de Agosto de 2011 às 08:50
Os gurus sabem
Benjamin Graham, Martin Zweig, William O"Neil, Warren Buffett, James O"Shaughnessy, Joseph Piotroski e John Neff.
Benjamin Graham, Martin Zweig, William O'Neil, Warren Buffett, James O'Shaughnessy, Joseph Piotroski e John Neff. O que têm estes nomes em comum? São sete "gurus" que desenharam as suas próprias estratégias de investimento e que, pelo seu sucesso, se transformaram em referências para muitos outros investidores que tentam aplicar os seus métodos.
Fazer de macaco de imitação, em vez de tentar inventar uma nova estratégia apenas para demonstrar inteligência e elevadas capacidades criativas, é uma decisão que terá proporcionado frutos compensadores a quem a tomou. Pelo menos, é a esta conclusão que se é conduzido quando se observa a rendibilidade das carteiras de acções que o "Investidor Privado" começou a construir há dois anos, seguindo os critérios daqueles sete magníficos do investimento em bolsa.
Os resultados são impressionantes. E mais, ainda, para aqueles investidores que, massacrados com o pobre desempenho médio das acções cotadas em Lisboa nos tempos mais recentes, estejam plenamente convencidos de que, actualmente, apenas há três tipos de intervenientes nos mercados de acções: os que estão a perder dinheiro, os que estão a perder muito dinheiro e os que, se estão a ganhar, é porque não passam de mentirosos.
Acontece que os números, tal como o algodão, não enganam. Em dois anos, o pior desempenho obtido pelas acções seleccionadas através das metodologias dos sete gurus foi o ganho médio anual de 13% "registado" por John Neff. Por cada cem euros investidos há 24 meses nas empresas identificadas de acordo com as lições do autor de "On Investing", o bolo teria agora crescido para 126 euros. Tendo em conta que, no mesmo período, o PSI 20 não conseguiu melhor do que uma subida de 1,45%, mesmo a estratégia com resultados mais modestos revelou-se competitiva.
Como o sonho de qualquer investidor é o de maximizar a rendibilidade das aplicações que realiza, John Neff pode, ainda assim, não satisfazer os espíritos mais exigentes, ou gananciosos, consoante a perspectiva. Para estes, o pai de todos os mestres, oráculo de nomes como Warren Buffett, é o nome a registar. Desde Julho de 2009, quando o "Investidor Privado" publicou a primeira edição de "Invista como os gurus", a estratégia de Benjamin Graham evidenciou uma rendibilidade anual de 44%. Ficam escassas dúvidas de que o título da obra de referência deste guru, "The Intelligent Investor", não é um exagero atribuível a um qualquer "marketeer" apenas preocupado em vender livros.
Já aqui se escreveu que, num mercado globalizado, não há motivos para os investidores se resignarem perante o débil comportamento da bolsa portuguesa. Se optam por esta atitude, devem queixar-se de si próprios. E aprender com quem sabe.
Fazer de macaco de imitação, em vez de tentar inventar uma nova estratégia apenas para demonstrar inteligência e elevadas capacidades criativas, é uma decisão que terá proporcionado frutos compensadores a quem a tomou. Pelo menos, é a esta conclusão que se é conduzido quando se observa a rendibilidade das carteiras de acções que o "Investidor Privado" começou a construir há dois anos, seguindo os critérios daqueles sete magníficos do investimento em bolsa.
Acontece que os números, tal como o algodão, não enganam. Em dois anos, o pior desempenho obtido pelas acções seleccionadas através das metodologias dos sete gurus foi o ganho médio anual de 13% "registado" por John Neff. Por cada cem euros investidos há 24 meses nas empresas identificadas de acordo com as lições do autor de "On Investing", o bolo teria agora crescido para 126 euros. Tendo em conta que, no mesmo período, o PSI 20 não conseguiu melhor do que uma subida de 1,45%, mesmo a estratégia com resultados mais modestos revelou-se competitiva.
Como o sonho de qualquer investidor é o de maximizar a rendibilidade das aplicações que realiza, John Neff pode, ainda assim, não satisfazer os espíritos mais exigentes, ou gananciosos, consoante a perspectiva. Para estes, o pai de todos os mestres, oráculo de nomes como Warren Buffett, é o nome a registar. Desde Julho de 2009, quando o "Investidor Privado" publicou a primeira edição de "Invista como os gurus", a estratégia de Benjamin Graham evidenciou uma rendibilidade anual de 44%. Ficam escassas dúvidas de que o título da obra de referência deste guru, "The Intelligent Investor", não é um exagero atribuível a um qualquer "marketeer" apenas preocupado em vender livros.
Já aqui se escreveu que, num mercado globalizado, não há motivos para os investidores se resignarem perante o débil comportamento da bolsa portuguesa. Se optam por esta atitude, devem queixar-se de si próprios. E aprender com quem sabe.
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