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Teoria do dominó

Qualquer líder para encontrar um destino para si e para o país necessita de um mapa político. Se não o tem quando começa a sua penosa caminhada está destinado a perder-se numa floresta de enganos.

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José Sócrates iniciou o seu calendário governativo tentando mostrar que é um líder forte. Aliás, se assim não fosse, arriscava-se a ficar sem tímpanos com as trombetas de guerra dos barões.

Sócrates tem um escudo visível: uma maioria absoluta conseguida pela primeira vez por um líder do PS. Pode assim encolher os ombros às frases de Edite Estrela ou de Carlos Lage, duas estátuas perpétuas do partido. Afinal governar não é fazer um brinde: isso deixa-se para os banquetes de Estado.

O fim do tradicional «beija-mão» foi completado por Sócrates por um «beijo de morte»: o anúncio do fim de um dos últimos cemitérios corporativos de Portugal, as farmácias.

A noção do bom Governo é o de uma cadeira. É um lugar precário que assenta em quatro pernas teoricamente iguais. A realidade é que a cadeira tem pernas desiguais. E, por isso, é preciso tomar decisões. Sócrates, ao afrontar as farmácias, cria expectativas de firmeza. Pode ser que o eco se oiça dentro do próprio PS.

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