Opinião
Pinamonti. Quem?
Adivinhava-se o afastamento de Paolo Pinamonti do São Carlos. No sábado, o "Expresso" avançava com um movimento de pressão sobre o Governo para manter o director, envolvendo o banqueiro mecenas, Paulo Teixeira Pinto, e o melómano institucional, Jorge Samp
Entre outros fãs que Pinamonti soube reunir, como Marcelo Rebelo de Sousa Guilherme Oliveira Martins, Rui Vieira Nery, Alfredo Barroso. Ou seja, o destino de Pinamonti estava traçado e passava, naturalmente, por uma guia de regresso à origem. Sócrates detesta pressões, sobretudo quando elas assumem um carácter público. Quem ousa questionar, ou sequer influenciar, as decisões do poder? Ninguém. No fundo, Pinamonti poderá ter sido ser vítima da sua ingenuidade. Este Governo não é permeável à qualidade. É, enquanto ela não mancha o exercício da autoridade. Aí, ele é inflexível. Por isso é irrelevante confrontar versões: a de Pinamonti, que diz ter sido apanhado de surpresa, à do Governo, que justifica a decisão pela recusa do director em aceitar as condições para uma renovação do contrato. Sendo que quando Pinamonti recebeu a carta de despedida já tinha substituto. É assim que se mostra quem manda. A quem ainda não percebeu.
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