Opinião
O novo canto do cisne
Por estes dias, há 50 anos, os vietnamitas derrotavam os franceses em Dien Bien Phu.
Por estes dias, há 50 anos, os vietnamitas derrotavam os franceses em Dien Bien Phu.
Parecia que se estava a cumprir a profecia do rei Faruk do Egipto em 1948: «todo o mundo está a revoltar-se. Daqui a algum tempo só restarão cinco reis: o rei de Inglaterra, o rei de Espadas, o rei de Copas, o rei de Ouros e o rei de Paus».
Estava equivocado: o Império Britânico, ferido mortalmente pela II Guerra Mundial, desmoronava-se, tal como o francês.
A aventura e derrota de britânicos e franceses no Suez, em 1956, seria o seu canto do cisne.
Os EUA tornaram-se então o tenor da política ocidental. Mas parece que não aprenderam nada com a história, como se escutava dos franceses perdidos na selva em «Apocalypse Now Redux» de Francis Ford Coppola.
No Iraque, GeorgeW. Bush está a atolar a sua candidatura presidencial.
Nem Tarzan, ou Condoleeza Rice, vestida de Jane, o poderá salvar com uma liana. Do que ali acontecer, nos próximos tempos, dependerá a sua reeleição ou um futuro semelhante ao do seu pai: triste.
O jogo de cartas político é assim: caem os trunfos. Lembram-se os «bluffs».