Opinião
Fica Sócrates, estás perdoado
O episódio começou pelos comentadores afectos (será mais correcto dizer simpatizantes?) a organizações que o “indivíduo” (será melhor dizer “empresa”?) conhece, o Benfica e o PSD. Ambas necessitam – na opinião de António Cunha Vaz – de mais carinho da par
Há, de facto, uma diferença evidente: ao contrário do que acontece no PSD, no Benfica sabe-se quem manda. O último episódio envolve o costume: pequenos poderes para grandes vaidades. Consta que o secretário-geral queria alargar a sua influência ao grupo parlamentar. Como? Pela mão do conselheiro contratado para vestir o (seu) líder de homem de Estado. O líder parlamentar não terá gostado. O que se percebe. Ele não precisa de retoques na imagem e é provável que não tenha ilusões em relação aos comentadores. Quanto ao essencial, mereceu um comunicado do próprio. Para que conste: “Ninguém, indivíduo ou empresa, aconselhará seja a mim, seja a outro membro da direcção ou outro deputado”. Quer dizer: cada macaco no seu galho. Ficando o líder do partido com o poder de síntese: trata-se um episódio próprio de uma “novela venezuelana”, em que o “PSD é permanentemente perseguido”, ao contrário de quem utiliza os mesmos meios para cuidar da sua imagem sem merecer qualquer crítica. Este e outros episódios – próprios de uma novela venezuelana – vão construindo uma ideia nos eleitores. Menezes, Santana, Ribau e associados? Fica Sócrates, estás perdoado.
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