Opinião
07 de Julho de 2009 às 12:00
Exames nacionais: Um facilitismo comprometedor
Primeiro foram os ensaios de mudança de imagem, depois da derrota nas europeias. Depois as fugas de informação sobre a continuidade de alguns ministros se o PS vencer as legislativas. Seguiu-se a decisão de não acumular candidaturas às...
Primeiro foram os ensaios de mudança de imagem, depois da derrota nas europeias. Depois as fugas de informação sobre a continuidade de alguns ministros se o PS vencer as legislativas.
Seguiu-se a decisão de não acumular candidaturas às legislativas e autárquicas e a incrível reacção de Manuel Pinho no Parlamento. São sinais a mais de que demasiadas coisas começam a correr mal ao PS e de que a paz e sossego que se viviam no partido e no Governo pertencem ao passado.
Conseguirá Sócrates dar a volta a um PS em plano cada vez mais inclinado? Não vai ser fácil. Porque o episódio que Manuel Pinho protagonizou foi a imagem, até agora desconhecida, do desnorte em que está o núcleo duro de Sócrates: Pinho parecia o ponta-de-lança de uma equipa que, ao sofrer o golo de empate a um minuto do fim, perde as estribeiras e acaba expulso (com a agravante de ter acontecido a um dos ministros mais calmos do Governo).
Não é preciso ser analista político para perceber que Sócrates está perante o mais difícil desafio da sua vida política: o seu prestígio está em queda e a aura de invencibilidade idem (longe vão os tempos em que as medidas difíceis potenciavam a sua popularidade...). Todas estas coisas juntas costumam dar mau resultado. E os primeiros sinais estão à vista: a contestação, até há pouco camuflada, sobe de tom e os primeiros ratos, antecipando um naufrágio, começam a abandonar o navio. Agora é que vamos ver se Sócrates tem unhas para tocar guitarra...
Seguiu-se a decisão de não acumular candidaturas às legislativas e autárquicas e a incrível reacção de Manuel Pinho no Parlamento. São sinais a mais de que demasiadas coisas começam a correr mal ao PS e de que a paz e sossego que se viviam no partido e no Governo pertencem ao passado.
Não é preciso ser analista político para perceber que Sócrates está perante o mais difícil desafio da sua vida política: o seu prestígio está em queda e a aura de invencibilidade idem (longe vão os tempos em que as medidas difíceis potenciavam a sua popularidade...). Todas estas coisas juntas costumam dar mau resultado. E os primeiros sinais estão à vista: a contestação, até há pouco camuflada, sobe de tom e os primeiros ratos, antecipando um naufrágio, começam a abandonar o navio. Agora é que vamos ver se Sócrates tem unhas para tocar guitarra...
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