Opinião
ETF Smart Beta: gestão passiva para maximizar a relação rentabilidade/risco
Encontrar uma forma de mitigar a volatilidade está entre as prioridades máximas dos investidores, que canalizaram, apenas em 2016, 10.500 milhões de dólares para ETF de volatilidade mínima da iShares.
Para quê replicar índices quando se pode estar exposto apenas à sua melhor parte? Os investidores institucionais estão a jogar com um novo trunfo que lhes pode permitir obter melhores resultados: são os ETF, fundos indexados de gestão passiva. Estes instrumentos ganharam uma fama positiva enquanto instrumento simples, de baixo custo e eficaz para ganhar exposição a um determinado índice, sector ou estilo de empresa. Mas as suas possibilidades vão muito além destas características.
Os ETF Smart Beta propõem dar um novo impulso às regras de construção de índices. E fazem-no com êxito. O objectivo das estratégias de smart beta é optimizar a relação rentabilidade/risco das carteiras e a BlackRock fá-lo, essencialmente, através de três soluções: estratégias de volatilidade mínima, por factor de risco e de dividendo.
No primeiro caso, sobreponderam as acções de menor volatilidade e subponderam as mais voláteis. Assim conseguem que, perante a queda de 0,36% registada pelo MSCI World até ao momento do corrente ano, o MSCI World Minimum Volatility suba 6,94%. Superar o S&P500 é um marco que poucos gestores activos alcançam, mas o S&P Min Vol sobe 7,11% enquanto o índice norte-americano regista um crescimento de apenas 1,17%. Também consegue mitigar as descidas: com a queda de 7,84% do MSCI Europe em 2016, uma abordagem smart beta de volatilidade mínima apenas perde 4,91%.
Encontrar uma forma de mitigar a volatilidade está entre as prioridades máximas dos investidores, que canalizaram, apenas em 2016, 10.500 milhões de dólares para a gama de ETF de volatilidade mínima da iShares. Em comparação, no total de estratégias de smart beta da iShares registou-se a entrada de 12.800 milhões de dólares.
Apesar de os ETF de baixa volatilidade poderem ser a estratégia ideal para preservar capital, uma abordagem de "factor-investing" ajuda a construir, com precisão, apostas estratégicas. Na iShares, por exemplo, existem ETF "value", de acções subvalorizadas em relação aos indicadores financeiros; "quality", com exposição a empresas com um balanço sólido e lucros estáveis; "momentum", títulos que estão com uma tendência ascendente; "size", um modelo que atribui maior peso a acções de menor capitalização; e "multifactor", que combina as quatro abordagens.
Além destes ajustes na abordagem, os smart beta não apresentam grandes diferenças face a um ETF tradicional. São também de gestão passiva, pois não deixam de replicar índices. Para assegurar uma correcta diversificação, aplicam o mesmo limite que as normativas do MSCI: a construção do ETF não se pode distanciar mais de 5%, sectorial e geograficamente, do subjacente que replicam.
Da mesma forma que o MSCI reequilibra a sua afectação a cada seis meses, o ETF da iShares reequilibra a sua abordagem. Um em cada cinco investidores institucionais diversifica através de ETF e a tendência é, claramente, para que este número continue a aumentar. Porquê? Existem três razões-chave. Em primeiro lugar, porque os ETF demonstraram poder optimizar a relação rentabilidade/risco. Em segundo, porque os custos de gestão são baixos - o TER médio dos ETF situa-se à volta dos 50 pontos base e o dos iShares de volatilidade mínima entre os 20 e os 40 pb. Por último, porque são transparentes - antes da contratação é possível conhecer com clareza a composição da carteira .
Numa altura em que a indústria de ETF se prepara para cumprir outro ano recorde, com 3,1 biliões de dólares sob gestão, dos quais 280 mil milhões estão sob gestão de smart beta, pode-se dizer que este instrumento está, sem dúvida, a mudar a forma de investir.
Os ETF Smart Beta propõem dar um novo impulso às regras de construção de índices. E fazem-no com êxito. O objectivo das estratégias de smart beta é optimizar a relação rentabilidade/risco das carteiras e a BlackRock fá-lo, essencialmente, através de três soluções: estratégias de volatilidade mínima, por factor de risco e de dividendo.
Encontrar uma forma de mitigar a volatilidade está entre as prioridades máximas dos investidores, que canalizaram, apenas em 2016, 10.500 milhões de dólares para a gama de ETF de volatilidade mínima da iShares. Em comparação, no total de estratégias de smart beta da iShares registou-se a entrada de 12.800 milhões de dólares.
Apesar de os ETF de baixa volatilidade poderem ser a estratégia ideal para preservar capital, uma abordagem de "factor-investing" ajuda a construir, com precisão, apostas estratégicas. Na iShares, por exemplo, existem ETF "value", de acções subvalorizadas em relação aos indicadores financeiros; "quality", com exposição a empresas com um balanço sólido e lucros estáveis; "momentum", títulos que estão com uma tendência ascendente; "size", um modelo que atribui maior peso a acções de menor capitalização; e "multifactor", que combina as quatro abordagens.
Além destes ajustes na abordagem, os smart beta não apresentam grandes diferenças face a um ETF tradicional. São também de gestão passiva, pois não deixam de replicar índices. Para assegurar uma correcta diversificação, aplicam o mesmo limite que as normativas do MSCI: a construção do ETF não se pode distanciar mais de 5%, sectorial e geograficamente, do subjacente que replicam.
Da mesma forma que o MSCI reequilibra a sua afectação a cada seis meses, o ETF da iShares reequilibra a sua abordagem. Um em cada cinco investidores institucionais diversifica através de ETF e a tendência é, claramente, para que este número continue a aumentar. Porquê? Existem três razões-chave. Em primeiro lugar, porque os ETF demonstraram poder optimizar a relação rentabilidade/risco. Em segundo, porque os custos de gestão são baixos - o TER médio dos ETF situa-se à volta dos 50 pontos base e o dos iShares de volatilidade mínima entre os 20 e os 40 pb. Por último, porque são transparentes - antes da contratação é possível conhecer com clareza a composição da carteira .
Numa altura em que a indústria de ETF se prepara para cumprir outro ano recorde, com 3,1 biliões de dólares sob gestão, dos quais 280 mil milhões estão sob gestão de smart beta, pode-se dizer que este instrumento está, sem dúvida, a mudar a forma de investir.