Opinião
Bull & Bear: Escalada nos cereais?!
Blackstone – a primeira "private equity firm" a atingir o marco de 1 bilião de ativos sob gestão.
Escalada nos cereais?!
Após as históricas subidas na cotação dos cereais em 2022, podemos voltar a assistir a uma escalada dos preços das commodities agrícolas nos mercados internacionais. Com a Rússia a retirar-se da iniciativa "Black Sea Grain" - um raro avanço diplomático no conflito do leste europeu - cai assim o crítico e importante acordo que permitia à Ucrânia exportar os seus cereais através do mar negro, aumentando deste modo os receios de desestabilização dos preços destas mercadorias, assim como da segurança alimentar mundial. Nas últimas sessões de bolsa já foi possível verificar alterações na dinâmica entre a procura e a oferta, com o milho e o trigo a valorizar perto dos 2 dígitos. Ainda segundo alguns participantes de mercado, existe a perspetiva da Rússia impor um aumento de taxas nas suas exportações de cereais, inflacionando ainda mais os preços e criando uma verdadeira arma de retaliação alimentar.
"Yields" em queda
Nos últimos dias temos assistido a quedas expressivas nas "yields" da dívida norte-americana e europeia. Este movimento deveu-se, naturalmente, ao abrandamento da inflação nos EUA, com a taxa de inflação homóloga de junho a recuar para 3%, um mínimo desde março de 2021. Esta evolução acompanha a convicção de que as autoridades monetárias poderão estar perto do final do processo de ajuste nas taxas de juro de referência, sendo 2% o objetivo definido pela Reserva Federal. Na Europa, o movimento foi alimentado pela forte procura por "yield" do euro após alguns comentários por parte de membros do BCE, referindo que subidas de juros após a próxima reunião "estão tudo menos garantidas". Consequentemente, verificou-se neste período uma redução da probabilidade de subida das Euribor em setembro para apenas 16%. Destaque para as dívidas soberanas de Espanha e Itália que foram particularmente favorecidas neste movimento.
Após as históricas subidas na cotação dos cereais em 2022, podemos voltar a assistir a uma escalada dos preços das commodities agrícolas nos mercados internacionais. Com a Rússia a retirar-se da iniciativa "Black Sea Grain" - um raro avanço diplomático no conflito do leste europeu - cai assim o crítico e importante acordo que permitia à Ucrânia exportar os seus cereais através do mar negro, aumentando deste modo os receios de desestabilização dos preços destas mercadorias, assim como da segurança alimentar mundial. Nas últimas sessões de bolsa já foi possível verificar alterações na dinâmica entre a procura e a oferta, com o milho e o trigo a valorizar perto dos 2 dígitos. Ainda segundo alguns participantes de mercado, existe a perspetiva da Rússia impor um aumento de taxas nas suas exportações de cereais, inflacionando ainda mais os preços e criando uma verdadeira arma de retaliação alimentar.
"Yields" em queda
Nos últimos dias temos assistido a quedas expressivas nas "yields" da dívida norte-americana e europeia. Este movimento deveu-se, naturalmente, ao abrandamento da inflação nos EUA, com a taxa de inflação homóloga de junho a recuar para 3%, um mínimo desde março de 2021. Esta evolução acompanha a convicção de que as autoridades monetárias poderão estar perto do final do processo de ajuste nas taxas de juro de referência, sendo 2% o objetivo definido pela Reserva Federal. Na Europa, o movimento foi alimentado pela forte procura por "yield" do euro após alguns comentários por parte de membros do BCE, referindo que subidas de juros após a próxima reunião "estão tudo menos garantidas". Consequentemente, verificou-se neste período uma redução da probabilidade de subida das Euribor em setembro para apenas 16%. Destaque para as dívidas soberanas de Espanha e Itália que foram particularmente favorecidas neste movimento.
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