Opinião
Autoridade do Estado?
O Estado já foi, a nível mundial, um titã e, em Portugal, uma estátua de mármore. Hoje está transformado num monumento de plasticina. Molda-se a muitas vontades e nem sempre aos interesses da sociedade. Fala-se, muitas vezes, da falta de autoridade do Es
Muitos vivem às contas do Estado, quase todos desdenham dele. Mesmo os que recebem o seu cheque assinado no final do mês. A atitude de muitos funcionários do Estado é a mesma de quem vive à sombra e protesta porque não há sol.
A lógica de alguns sectores militares é típica de quem quer doces para ostentar as suas divisas (e já nem se fala desse absurdo que é gastar milhões em submarinos quando não há helicópteros ou barcos rápidos para patrulhar as nossas águas territoriais). Mas demonstra que quem é eleito para administrar a máquina do Estado passa a vida a comprar manteiga para que ninguém se queime na torrada do excesso de proteínas a mais consumida por parte das entidades que tutela.
A sorte dos sectores que consideram o Estado uma banana e continuam a comer o fruto e a protestar por causa da casca é que os partidos também se alimentam dele. Por isso, no meio da bagunça total, militares e professores podem fazer o que fazem. Sem consequências.