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Opinião
13 de Janeiro de 2005 às 13:59

As perguntas ainda sem resposta

Falta pouco mais de um mês para as eleições e ainda pouco se sabe das propostas de quem tem expectativa de ser Governo. O PSD foi deixando cair algumas ideias interessantes .....

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O PSD foi deixando cair algumas ideias interessantes - a intenção de quantificar o impacto orçamental das medidas propostas é um bom sinal, assim como o aumento da idade de reforma tendo como contrapartida benefícios adicionais. São aperitivos a que falta o prato de substância.

Sócrates tem preferido guardar sobre a matéria um prudente silêncio. Faz declarações sobre temáticas avulsas sem assumir grandes compromissos, excepção feita à de elevar o crescimento para um ritmo de 3% ao ano e criar 150 mil empregos. Mas nada disse ainda sobre como pensa consegui-lo.

Impera a reserva sobre aquilo que queremos verdadeiramente saber: a consolidação orçamental; a revisão do PEC; a desburocratização e a reforma da Administração Pública, nomeadamente comprometendo-se com objectivos e prazos para os atingir; a reforma da justiça; e a política fiscal.

O PS, que em surdina se queixa de ter sido chamado cedo demais a este combate eleitoral, tem dois desafios. Além da definição de um programa mobilizador, que não incorra em facilitismos, também precisa de dar sinais inequívocos de renovação da equipa, um desafio tão ou mais exigente do que a frente programática porque a credibilidade das pessoas não se conquista por escrito.

Pior está Santana Lopes. Quer enterrar de vez os últimos sinais de barrosismo e propor uma equipa à imagem da sua liderança. Por muito bom que seja o programa, no seu caso a renovação não representa uma mais-valia. Enquanto os velhos nomes do guterrismo regressam pela mão de Sócrates amaciados pelo tempo (o grande escultor segundo Marguerite Duras), os novos nomes do santanismo têm o modelo perto demais.

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