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As opções do sr. Scolari

Apesar do ar tristonho do sr. Madaíl, que diz que sim a tudo desde que o seu lugar não seja posto em causa, quem paga o soldo do sr. Scolari são entidades a montante. E, por isso, o seleccionador nacional pode muito bem dizer que quem manda é ele.

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Às vezes comete-se o erro de considerar o sr. Scolari uma pessoa de ideias próprias de um bloco de cimento armado. De tão firmes e irredutíveis. Para muitos se ele fosse flexível como uma banana tudo era mais fácil. Afinal se o sr. Scolari navegasse ao sabor dos inúmeros treinadores disponíveis no país estaríamos, desde já, a caminho de prestações tão brilhantes como no México ou na Correia e Japão. Onde o que se criticava era exactamente a falta de liderança, a bagunça generalizada e a vénia dos responsáveis aos interesses dos principais clubes.

Apesar do ar tristonho do sr. Madaíl, que diz que sim a tudo desde que o seu lugar não seja posto em causa, quem paga o soldo do sr. Scolari são entidades a montante. E, por isso, o seleccionador nacional pode muito bem dizer que quem manda é ele. Para os saudáveis princípios nacionais dos brandos costumes a voz forte do sr. Scolari faz mal aos tímpanos.

O que se devia era fazer como quando os clubes fazem «blackout» ao arrepio dos patrocinadores da Liga e ninguém chama a atenção para o facto de que assim não há negócio que resista. À volta do sr. Quaresma criou-se uma crise de Estado. Como antes se tinha feito por causa do sr. Baía. O sr. Scolari pode estar equivocado nas suas escolhas. Todos podemos e devemos discuti-las. Como é possível questionar as opções tácticas seguidas em cada momento. Agora é claro que tem existido um clima de guerrilha incessante contra o seleccionador e a sua célebre «teimosia» (agora foi também por causa do sr. Agostino Oliveira).

Portugal parte para o Mundial carregado de esperanças. Mas também quando levou a sua «geração de ouro» para terras asiáticas assim sucedeu. Ou quando levou uma série de craques para a ainda mal explicada aventura mexicana. Mais uma vez o país vai parar para ver um Mundial. De lá o sr. Scolari virá como bestial ou como besta. No futebol tudo termina assim: de forma simples.

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