Opinião
Apitos limpos
O futebol é, para alguns, o eixo do mal aplicado à realidade portuguesa. Para uns felizes contemplados foi um almoço nos bons velhos tempos do Canal Caveira.
O futebol é, para alguns, o eixo do mal aplicado à realidade portuguesa.
Para uns felizes contemplados foi um almoço nos bons velhos tempos do Canal Caveira.
Para outros é um espantalho que tem medo de se ver ao espelho.
Para Gilberto Madaíl, até ontem, era o sonho de uma vida: organizando o Euro’2004 poderia vir a ser eleito, finalmente, para um cargo executivo na UEFA.
Aos vencedores está sempre reservado um cargo de ouro no exílio.
A «Operação Apito Dourado» parece querer deitar por terra a felicidade de Madaíl.
A detenção de grande parte da elite de dirigentes do futebol indígena é um terramoto, especialmente para o presidente da FPF.
Ser detido não é ser considerado culpado, mas as fagulhas que daí saltam queimam até o amianto.
O futebol português parece uma maçã assada depois de todos considerarem que era da cor vermelha da tentação.
Estas detenções recordam a do presidente da Federação húngara, antes da decisão de quem ficaria com a organização do campeonato.
E sabe-se o que isso significou.