Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Opinião

A stitch in time?

John Browne, CEO da BP e uma das mais celebradas figuras do mundo dos negócios, demitiu-se na sequência de um escândalo sexual. A forma como saiu mancha uma brilhante carreira de gestor, durante a qual transformou a BP numa das maiores petrolíferas do mun

  • ...

Mas, e esta é a lição a tirar do caso, a sua demissão teve mais a ver com a forma desastrada como lidou com o assunto, do que com o facto de ser "gay". Ou seja, Browne caiu porque mentiu ao tribunal sobre uma questão de somenos importância: a forma como conheceu o seu companheiro (através da "Suited & Booted", uma agência/site de "acompanhantes").

As suas orientações sexuais não eram segredo: as viagens que fazia e os eventos onde comparecia, com o seu parceiro, eram do conhecimento geral.

E apesar de viver num país onde os tablóides têm uma paixão doentia pelos aspectos sórdidos (?) da vida dos famosos, nenhum jornal tinha, até à data, falado no assunto. Nem a sua orientação sexual impediu a rainha Isabel II de o armar cavaleiro do Reino.

Foi um erro estúpido, mas de consequências sérias: com a sua "white lie" (mentirinha, como lhe chamou o juiz), Browne transformou um pormenor sem importância num "caso". Dado o que se passou em Portugal nas últimas semanas (pese as diferenças), nunca é demais lembrar um ditado anglo-saxónico: "A stitch in time, saves nine."

Outras Notícias
Publicidade
C•Studio