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Do arrastão à hecatombe, que é preciso evitar no BES

Um comentário rápido sobre o caso GES.

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O Governo, o Banco de Portugal e a Comissão de Mercados de Valores Mobiliários têm de actuar com urgência. Já não chega dizer que o BES está a salvo da falência do seu accionista, a família Espírito Santo. É preciso prova-lo com dados, números, em português e em inglês que convençam depositantes e investidores de que o banco com sede na Avenida da Liberdade está protegido do abalo GES.

 

O Jornal de Negócios escolheu para a sua primeira página desta quinta-feira a palavra "arrastão" para descrever o que se passou na quarta-feira nos mercados accionista e de dívida. Nesta quinta-feira já estamos a enfrentar um risco de hecatombe se as autoridades não acelerarem os calendários previstos para a divulgação de informação sobre o BES e até para a tomada efectiva de posse dos novos membros da equipa do banco.

 

Pela informação que o Negócios tem neste momento, os depositantes do BES não têm razões para estarem preocupados. Mas dizer isto já não chega até porque a desvalorização das acções de várias empresas cotadas pode aumentar a dimensão do problema.

 

São fundamentalmente três as áreas de acção para recuperar a confiança no BES.

 

A primeira passa por divulgar informação quantitativa que nos diga quanto é que o Grupo não financeiro da família Espírito Santo deve ao BES e que garantias é que o BES tem sobre esses empréstimos, que pode executar em caso de incumprimento.

 

É preciso ainda credibilizar essa informação, dizendo claramente quem são os credores dos cerca de 7 mil milhões de euros de dívida do Grupo Espírito Santo. Até agora conhecem-se apenas dois de grande dimensão e externos ao grupo, a PT e a empresa de petróleos da Venezuela.

 

Finalmente o banco não aguenta o calendário que está desenhado para a entrada dos novos elementos liderados por Vítor Bento. Alguém tem de ser o interlocutor dos investidores nacionais e internacionais e falar em nome de banco aos depositantes. E não podem ser nem Ricardo Salgado nem Amílcar Morais Pires, ainda em funções.

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