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BES afunda mais de 17% antes de ser suspenso

As acções do Banco Espírito Santo (BES) chegaram a afundar mais de 18% durante esta manhã, negociando em mínimos de Julho de 2013. Antes do regulador do mercado ter determinado a suspensão da negociação das acções, os títulos desciam mais de 17%.

10 de Julho de 2014 às 11:44
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As acções do BES desciam 17,24% para 50,9 cêntimos, elevando para 32,3% a queda nos últimos quatro dias, o que corresponde a uma perda superior a 1,3 mil milhões de euros em termos de capitalização bolsista. Desde o início do ano, os títulos do banco ainda liderado por Ricardo Salgado estão a deslizar 45%.

 

Até a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ter determinado a suspensão de negociação das acções, à espera de informação relevante, tinham trocado de mãos mais de 79,3 milhões de acções do banco, o que compara com os 28,2 milhões de títulos que foram negociados em média diariamente nos últimos seis meses.

 

A queda do BES acentuou-se depois do Espírito Santo Financial Group (ESFG) ter decidido suspender a negociação das suas acções e das suas obrigações "devido a dificuldades relevantes no seu maior accionista, a Espírito Santo International, e a exposição da ESFG à empresa".

 

Antes de avançar com a suspensão, as acções da ESFG chegaram a perder mais de 16% para 1,09 euros, o que representa o valor mais baixo de sempre.

  

As acções do grupo continuam a ser penalizadas pelos problemas financeiros conhecidos nas últimas semanas. Esta quarta-feira, a Moody’s cortou o "rating" da ESFG para oito níveis abaixo de "lixo. A classificação agora atribuída de Caa2 está a poucos níveis de "default".

 

A Moody’s vê "um agravamento do perfil de risco de crédito para a ESFG na sequência do aumento da exposição da ESFG aos seus accionistas indirectos". Os "receios em torno da qualidade de crédito da ESFG são amplificados pela falta de transparência em torno não só da situação financeira do Grupo Espírito Santo, mas também da amplitude das ligações intra-grupo incluindo a exposição directa e indirecta da ESFG à Espírito Santo International".

 

O Negócios avança, na edição desta quinta-feira, vários clientes do Banque Privée Espírito Santo, que têm aplicações em dívida do GES em atraso, queixaram-se à CMVM, que os encaminhou para o supervisor suíço. Já o Económico noticia que a Espírito Santo Internacional está a ponderar pedir protecção contra credores.

 

(Notícia actualizada às 13h com mais informação)

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