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Infografia: Como está dividido o Grupo Espírito Santo

ESI, ESFG, Espírito Santo Control, Rioforte, BES. Estas e muitas outras empresas fazem parte do Grupo Espírito Santo através de uma cadeia de participações, que separa a área não financeira do grupo da parte financeira, onde está o banco. Veja aqui a estrutura do grupo.

Negócios 10 de Julho de 2014 às 13:10
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A Espírito Santo Control é a "holding" de topo do Grupo Espírito Santo, através da qual a família controla as empresas do grupo, que está separado na área financeira e não financeira.

 

A Espírito Santo Control detém 56,5% da Espírito Santo International, a "holding" onde foram detectadas as irregularidades contabilísticas que colocaram a descoberto a crise no Grupo Espírito Santo.

 

É debaixo da ESI que está organizado todo o grupo, com esta "holding" a deter 100% da Rioforte. Esta empresa tem depois duas áreas de actuação, uma financeira e outra não financeira.

 

Na área não financeira estão dezenas de empresas, que o grupo está a tentar vender para fazer face aos problemas financeiros que enfrenta. É o caso dos Hotéis Tivoli no turismo, bem como outras companhias nas áreas da saúde, energia, imobiliário e agricultura.

 

Na área financeira a "holding" de topo é o ESFG, que é detida em 49,3% pela Rioforte (o restante capital está disperso em bolsa). O ESFG controla 25% do capital do BES e 100% do capital da Tranquilidade, sendo que esta seguradora está também à venda.

 

Apesar dos problemas no seu maior accionista, o Banco de Portugal assegurou a semana passada em comunicado que "a situação de solvabilidade do BES é sólida, tendo sido significativamente reforçada com o recente aumento de capital".  

 

Hoje a ESFG solicitou a suspensão das suas acções na bolsa, devido às "dificuldades" no seu principal accionista. Mais tarde a CMVM determinou a suspensão das acções do banco, à espera de informação relevante.

 

Dívida do GES superava os 7.300 milhões de euros no final de 2013

 

Com mais de 1.200 milhões de euros de dívida por contabilizar e várias centenas de milhões de euros de activos sobreavaliados, a Espírito Santo International, "holding" de topo do grupo está numa situação de falência técnica. No total, no final de 2013, a dívida do GES superava os 7.300 milhões de euros, dos quais 6.039 milhões estavam financiados através de papel comercial, ou seja, títulos de dívida de curto prazo subscritos por clientes institucionais e de retalho do BES e de outros bancos controlados pelo grupo através do Espírito Santo Financial Group (ESFG).

 

À medida que foram sendo conhecidas as dificuldades da ES International, o grupo foi tendo cada vez mais dificuldades para renovar estas linhas de financiamento. Ao ponto de o próprio BES ter sido chamado a conceder um empréstimo de 200 milhões de euros à Rioforte e de 780 milhões ao ESFG. Créditos também garantidos com o penhor de activos.

 

Quem emprestou dinheiro ao GES?

Portugal Telecom, Petróleos de Venezuela e clientes institucionais do BES são os principais credores do Grupo Espírito Santo. O plano de reestruturação prevê a conversão de parte destes créditos em capital da Rioforte. 

 

Portugal Telecom tem 900 milhões

A Portugal Telecom aplicou perto de 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte. O investimento vence a 15 e 17 de Julho. A PT não diz quando foi feito, mas garante que não fez novas aplicações ou renovações da dívida desde 28 de Abril, data em que os activos da PT passaram para a Oi. A PT diz que o fez por confiar nos conselhos do BES.

 

Venezuela aplicou centenas de milhões

O Estado venezuelano, através da Petróleos de Venezuela (PDVSA), aplicou centenas de milhões de euros em papel comercial emitido por empresas do Grupo Espírito Santo. O valor exacto está por confirmar, mas estará aquém do valor investido pela Portugal Telecom. Pelo menos desde 2010 que a PDVSA mantém relações bancárias com o BES.

 

Clientes institucionais do BES reforçaram

Os clientes institucionais do BES têm 1.940 milhões de euros aplicados em papel comercial do GES. O valor do investimento aumentou nos últimos seis meses, já que no final de 2013 era de apenas 1.500 milhões. Uma subida que terá compensado parte da redução das aplicações dos clientes de retalho, que passaram de 2.100 para 651 milhões.

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