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Opinião
11 de Novembro de 2016 às 10:27

Trump êxito

Depois da derrota do Brexit, veio a esperada vitória de Hillary Clinton. Nada como ler a comunicação social e o que os analistas políticos diziam antes de acabado o prazo de validade para dar palpites.

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Foi uma surpresa? Foi. As empresas de sondagens tornaram-se especialistas em surpreender o comum mortal e os outros mais espertos. A derrota de Trump estava anunciada por números e opiniões de gente com profundo conhecimento na matéria. Ao mesmo tempo, na página dos signos, espreitando a semana dos nativos de Gémeos (Trump nasceu a 14 de Junho), podíamos ler: excelente semana a nível pessoal e profissional. No amor: reforce a amizade com nativos de Balança (Putin nasceu a 7 de Outubro). Conclusão. Está na altura da Maya fazer uma empresa de sondagens.

Detesto a atitude "Cavacal" de dizer - "eu bem disse" -, mas há uns meses escrevi neste jornal que Hillary era um Mister José Peseiro da política. Lembro-me bem da vantagem que Hillary tinha, em relação a Obama, no início das eleições democratas há oito anos. Ao intervalo, estava ganhar por 4-0. Obama tinha um "Yes We Can", Hillary tinha sete páginas de números e estatísticas. Trump tinha um "Making America Great Again" e uma multidão furiosa, Hillary tinha um estudo de mercado e malta que foi ver o concerto da Beyoncé. Os archotes venceram os telemóveis e isqueiros.

Se olharmos para as votações, os USA estão divididos entre brancos e os outros. Apenas 8% dos negros votaram Trump e quase todos eram "rappers" brancos que acham que são negros. Digamos que, nuns EUA sem brancos, apenas com hispânicos, negros e outros, Hillary vencia largamente em todos os estados. É fácil tirar conclusões mas, como Hillary é branca, não faz sentido colocar esta hipótese.

Após a vitória de Trump, David Duke, um ex-líder dos Ku Klux Klan, disse que aquela era "one of the most exciting nights of my life" - e imaginem o que ele já não deve ter feito de noite. Se, para um "indivíduo" do Ku Klux Klan, a vitória de Trump é razão para festejos, sou tentado a pensar que o que aí vem não vai ser divertido.

O resultado das eleições nos EUA é uma espécie de montanha russa gigante do que já vamos vendo por aqui, na Europa, em formato de carrossel. É um sinal com mau aspecto visto à lupa. E o diagnóstico não é agradável. Posso ser pessimista, e se quiserem vão procurar uma segunda opinião, mas a minha análise é que, a continuar assim, dificilmente vai haver uma colecção de Primavera/Verão 2017 United Colors of Benetton.

Não há aqui nada de novo. É outra vez o ovo da serpente, mas, agora, na Sala Oval. Querem os ovos mexidos ou estrelados?


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1. "Rede organizada apoia fugas no aeroporto" - A verdadeira start-up: um cheque-prenda de Fugas e escapadinhas para argelinos.

2. "João Wengorovius Meneses, ex-secretário de Estado da Juventude e do Desporto, deu entrevista à SIC, onde faz queixas sobre o ministro - Wengorovius parece estar naquela fase dos primeiros meses de divórcio. Aposto que manda sms para o Ministério a meio da noite: "Está tudo bem com a colocação de professores? Queres ajuda a montar as estantes?"

3. "Bebés estão a dormir pior por culpa dos pais" - Bem feito, é para verem o que custa.

4. Expresso: Marcelo deus duas negas a Teodoro Obiang - Eu li 'deu duas negras', e fazia mais sentido como título de capa do Expresso. Isto sou eu a pensar, claro. Na prática, pode não ser assim.

5. Centenas de pessoas com bilhetes ficaram à porta da Web Summit - Venderam 50 mil bilhetes e aquilo só dá para 11 mil. Ficaram centenas à porta porque não cabem... A falta que faz uma app para medir metros quadrados e pessoas.



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