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08 de Fevereiro de 2015 às 19:55

Guia de sobrevivência para exportadores

As empresas são o motor da economia. Esta é uma frase que ouvimos frequentemente nos discursos de responsáveis políticos e dos principais atores económicos nacionais. Mas, se as empresas são, de facto, o motor da economia, as exportações são o combustível que lhes permite funcionar.

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Os números não enganam: temos quase 44 mil empresas exportadoras (dados da AICEP) e são elas as responsáveis pela duplicação do peso das exportações no PIB - de 20 para 40 por cento - nos últimos anos. Estes números tiveram uma importância extrema na sobrevivência da economia portuguesa durante o período de assistência externa, que tantos sacrifícios nos exigiu. 

 

A internacionalização é um passo de gigante na vida de qualquer empresa, independentemente do setor em que atua ou da sua dimensão. A decisão de avançar para novos voos e expandir as operações para mercados externos é um sinal positivo, mas não deixa de acarretar riscos e incertezas. Por isso mesmo, quem exporta tem de se proteger e salvaguardar. A única forma de evitar que estas ameaças e dúvidas não se convertam em dores de cabeça e prejuízos, é através de uma avaliação pormenorizada de todos os detalhes do projeto de internacionalização. Das características do mercado, do quadro legal, dos potenciais clientes e concorrentes, dos mecanismos de crédito e cobrança a utilizar e, principalmente, dos instrumentos disponíveis para financiar uma operação desta natureza.

 

Se, por um lado, é possível antecipar e prever a maior parte dos problemas que podem ocorrer, por outro, há várias questões que podem colocar em risco o processo de internacionalização, até das organizações mais bem preparadas. Os constrangimentos no acesso ao crédito bancário que se verificaram nos últimos anos representaram, para a maior parte das empresas, um obstáculo intransponível com efeitos muito negativos. É nestas situações que o "factoring" ganha uma relevância redobrada para o tecido empresarial exportador.

 

Tem sido esta fonte de financiamento, alternativa ao crédito bancário tradicional, que tem atuado como válvula de escape às dificuldades sentidas pelas empresas portuguesas. De acordo com a Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF), nos primeiros seis meses de 2014, o "factoring" de exportação injetou nas empresas exportadoras cerca de 1,2 mil milhões de euros. Isto acontece porque, cada vez mais, as empresas sentem que o "factoring" de exportação cobre as falhas do sistema bancário, a valores extremamente competitivos e acautelando sempre a segurança das operações externas.

 

Porque uma empresa que recorra ao "factoring" de exportação como ferramenta de financiamento dos projetos de internacionalização tem a garantia de um acompanhamento próximo e uma segurança acrescida. Tem o apoio personalizado de filiais ou correspondentes locais especializados na identificação de riscos e antecipação de problemas, ficando mais preparada para se internacionalizar, já que o "factoring" de exportação permite garantir recebimentos e antecipar fluxos financeiros.

 

Os operadores especializados em "factoring" de exportação devem ser vistos como parceiros estratégicos das empresas exportadoras. Porque as suportam e facilitam o seu trabalho, assumindo desde o primeiro momento toda a gestão das cobranças em clientes fora do mercado nacional. Estas organizações protegem as empresas contra o risco de incobráveis por parte dos seus clientes, proporcionando uma solução flexível, adaptada e imediata das vendas nos mercados internacionais.

 

Uma vez que a conjuntura económica nacional não é, ainda, a melhor em termos de incentivos à venda para o mercado externo, o "factoring" de exportação assume-se, cada vez mais, como o principal apoio que as empresas têm no momento de tomar a decisão de se internacionalizar. Há riscos na exportação? Há e são muitos. Mas há também soluções que ajudam a mitigar os potenciais efeitos negativos desses riscos. Conhecê-las é o primeiro passo para novos voos bem-sucedidos.

 

Diretor-geral Eurofactor Portugal

 

Artigo escrito ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico

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